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Médias de Economia sobem mas as de Gestão baixam duas décimas

As médias dos cursos de Gestão da primeira fase do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior caíram de forma pronunciada. Em Economia, as médias subiram, mas os cursos de Economia da Universidade do Porto e da Nova, em Lisboa, recuaram e ficaram abaixo dos 17 valores.

Luís Vieira/Cofina
11 de Setembro de 2016 às 20:02
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Este é um bom ano para quem pretende ingressar na universidade para estudar Gestão. As médias dos 25 cursos de Gestão na primeira fase do concurso nacional de acesso ao Ensino Superior público caíram de forma substancial, recuando quase duas décimas e meia face ao ano passado. Em Economia, registou-se uma subida de quase duas décimas. Mas os cursos da Faculdade de Economia do Porto e da Nova, em Lisboa, voltaram a ficar abaixo dos 17 valores, ambos com média de 16,95.

Olhando para os cursos de Gestão, a oferta da Universidade Nova de Lisboa manteve a média inalterada face ao ano transacto – 17,3 valores. Mas na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP), o último aluno colocado registou 17,03, um valor duas décimas abaixo do registado no ano passado. Dentro dos 10 cursos com média mais elevada, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro registou uma subida expressiva – mais de seis décimas face a 2015, para 15,28 valores.

Mas o que mais contribuiu para a descida das médias de Gestão foram os resultados de três universidades. À cabeça, o Instituto Politécnico da Guarda, que recuou 1,26 valores, para 10,38. Também o curso de Economia da Universidade dos Açores caiu 1,17 valores, e a nota de entrada no curso fixou.se nos 10,68. O curso de Economia em regime nocturno da Universidade do Algarve também afundou oito décimas, com o último aluno colocado a exibir uma nota de 10,5 valores.

Os politécnicos de Viana do Castelo, Guarda e Portalegre ficaram com mais de metade das vagas por preencher. O mesmo aconteceu na Universidade do Algarve, nos pólos de Faro e Portimão (ambos em regime nocturno). Em Bragança e Portalegre, em regime pós-laboral, as vagas ficaram desertas.

Nos cursos de Economia, apesar de a média dos 14 cursos ter subido duas décimas, as classificações de acesso à Universidade Nova, em Lisboa, e à FEP, no Porto, recuaram face a 2015 – aquela caiu duas décimas, para se fixar nos 16,96 valores, exactamente o resultado desta última, que representou uma queda de quatro décimas face à média registada no ano passado. Estes dois cursos baixaram, assim, da fasquia dos 17 valores, que ambos ultrapassavam em 2015 - 17,15 na Nova e 17,35 na FEP.

Também o curso de Economia da Universidade de Coimbra registou uma queda de quatro décimas, passando a fixar-se nos 14,5 valores. Em sentido inverso, e a contribuir para a subida de médias dos cursos de Economia, estão a Universidade dos Açores, que avançou 2,15 valores, com o último aluno colocado na primeira fase a registar uma nota de 13,36, e o curso de Economia da Universidade da Madeira, que abandonou uma nota negativa (9,8) para fixar a média em 10,67 valores.

No total, foram colocados 42.958 alunos na primeira fase do Ensino Superior público, o que representa a terceira subida anual consecutiva. Face ao ano passado, foram colocados mais 890 alunos.

Troca de acusações entre Costa e Cristas

Ontem, este tema suscitou reacções políticas. O primeiro-ministro António Costa aproveitou para criticar os partidos da oposição: o aumento de colocações no ensino superior registado este ano representa a "morte do modelo de desenvolvimento" sem "direitos, salários e Estado Social" que a "direita quis impor" e constitui um sinal de confiança, disse, citado pela Lusa, perante uma plateia de jovens numa iniciativa da Juventude Socialista em Braga.

A resposta não tardou. A líder do CDS, Assunção Cristas, acusou o Governo PS de não ter transferido para as universidades e os politécnicos as verbas necessárias para compensar a redução da semana de trabalho. "Não percebo como é que o senhor primeiro-ministro diz isso quando estão a faltar 50 milhões de euros para as universidades, afirmou Assunção Cristas aos jornalistas, em visita às Feiras Novas de Ponte de Lima.

tome nota 43 mil entraram no Ensino Superior  Todos os anos os resultados da primeira fase do concurso de acesso ao Ensino Superior são aguardados com elevadas expectativas. O número de colocações voltou a subir, desta vez 2,1%.

Colocações crescem 2,1% face a 2015

A 1.ª fase do concurso de acesso ao ensino superior público colocou 42.958 novos alunos nas universidades e politécnicos, um aumento de 2,1% em relação à mesma fase, em 2015, segundo dados da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES). Este ano houve na 1.ª fase mais 133 vagas a concurso do que em 2015. Os dados da DGES mostram que 51% ficaram colocados na sua 1.ª opção, sendo 84% a percentagem dos que conseguiram lugar numa das primeiras três opções.

Engenharias destronam medicina

As médias dos cursos de Medicina também baixaram de forma generalizada, o que permitiu que, pela primeira vez desde 1998, não tenha sido um curso desta área a registar a média mais alta. Esse título pertence agora a três Engenharias: as médias mais elevadas são as de Engenharia Aeroespacial e Engenharia Física e Tecnológica, ambas no Instituto Superior Técnico, em Lisboa, com 18,53 valores, logo seguidas por Engenharia e Gestão Industrial, da Faculdade de Engenharia do Porto, com 18,48. O curso de Medicina com a nota mais elevada é o da Universidade do Porto, em que o último colocado registou 18,4.

Universidade do Porto lidera

A Universidade do Porto foi a instituição de ensino superior com a mais elevada classificação média ponderada do último candidato colocado com 157,2 valores, acima dos 151 valores registados pela Universidade Nova de Lisboa. Esta universidade registou também o maior número de candidatos em primeira opção por vaga disponibilizada no concurso nacional de acesso ao ensino superior deste ano.

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