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Fenprof processa JSD por ofensa devido a cartaz virtual
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) vai processar a JSD por considerar ofensivo um cartaz virtual em que o dirigente da estrutura sindical, Mário Nogueira, surge retratado como Estaline, a manipular o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.
"O gabinete jurídico da Fenprof irá avançar com um processo jurídico contra a Juventude Social-Democrata (JSD) por ofensa, que reputa de grave, ao bom nome desta federação, na sequência de uma inaceitável e condenável utilização, num cartaz virtual, da imagem do seu secretário-geral", anunciou a estrutura em comunicado divulgado esta terça-feira, 24 de Maio.
A Fenprof alega que não pode admitir a utilização de meios que considera ilícitos e que, na sua opinião, "ultrapassam a decência da acção política". Acção essa que, desta forma, - argumenta a federação - "perde toda a credibilidade e tem de ser condenada".
A JSD recorreu na segunda-feira à imagem do dirigente sindical Mário Nogueira, fardado como o antigo líder soviético Estaline, e do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, manipulado por fios, para criticar a situação do sector.
"Isto Stalin(do), está!" é o título do cartaz virtual, disponível no website oficial da organização juvenil social-democrata (www.jsd.pt), com a pergunta "foi nisto que votou?", seguindo-se "coligação de esquerda" e os símbolos de PS, BE, PCP e PEV.
O presidente da JSD, Simão Ribeiro, disse à Lusa que a iniciativa visava firmar "uma posição política e fazer entender ao país que falta um debate sério sobre o modelo educativo desejável", alertando contra aquilo que considera ser "uma cedência do Governo e do PS, que estão reféns do PCP e dos sindicatos, numa espécie de nacionalização do ensino, com o único objectivo da sobrevivência do primeiro-ministro no poder".
"Portugal deve desenvolver o melhor modelo educativo para cada criança e jovem português. E o melhor modelo não é o que agrade mais ao comunista Mário Nogueira, que há muitos anos que não sabe o que é dar aulas. O melhor modelo não é o que mais agrade aos presidentes de câmara, ao ministro da Educação, aos directores de colégios ou qualquer outro interveniente nesta polémica", sublinhava a JDS no comunicado de segunda-feira.