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António Cruz Serra: Universidades só receberam uma pequena parte da compensação das propinas
As universidades só receberam cerca de 30% do total da compensação que vão ter de receber pela redução do valor das propinas este ano. Valor global ronda os 50 milhões de euros por ano letivo e é fundamental para as universidades.
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A Universidade de Lisboa só recebeu ainda um milhão de euros para compensar a redução das propinas que entram em vigor este ano. Este montante representa apenas cerca de um terço do que a generalidade das universidades vão receber de receita apenas nos primeiros quatro meses de ano letivo.
O alerta foi dado pelo reitor da Universidade de Lisboa numa entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena. António Cruz Serra diz que "é impensável" que as universidades não sejam compensadas pela redução nas propinas definida pelo parlamento, mas que até agora só foi recebida uma pequena parte do total que, no conjunto das universidades, rondará os 50 milhões de euros.
Depois de o Estado transferir para as Universidades esta primeira parte referente aos quatro meses de 2019, será necessário transferir "um valor que será cerca de três vezes superior para os primeiros 8 meses seguintes, porque depois começa outro ano", explica.
"Ou seja, o impacto em 2020 será da totalidade de propinas. Não é dos sete ou oito meses que faltam para os 12 meses. O ano letivo depois prossegue", afirma o reitor.
António Cruz Serra diz que não se opõe ao fim das propinas, mas lembra que a medida teria um custo de 300 milhões de euros. "Eu não tenho nenhuma objeção política à redução de propinas, antes pelo contrário. O que eu tenho é uma objeção a que se reduzam as propinas e que não haja a compensação por via do Orçamento do Estado", disse.
O alerta foi dado pelo reitor da Universidade de Lisboa numa entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena. António Cruz Serra diz que "é impensável" que as universidades não sejam compensadas pela redução nas propinas definida pelo parlamento, mas que até agora só foi recebida uma pequena parte do total que, no conjunto das universidades, rondará os 50 milhões de euros.
"Ou seja, o impacto em 2020 será da totalidade de propinas. Não é dos sete ou oito meses que faltam para os 12 meses. O ano letivo depois prossegue", afirma o reitor.
António Cruz Serra diz que não se opõe ao fim das propinas, mas lembra que a medida teria um custo de 300 milhões de euros. "Eu não tenho nenhuma objeção política à redução de propinas, antes pelo contrário. O que eu tenho é uma objeção a que se reduzam as propinas e que não haja a compensação por via do Orçamento do Estado", disse.