A atribuição de prémios a gestores públicos sempre foi alvo de polémica e a TAP não escapa a isso. Para Fernando Pinto, presidente da companhia aérea, “o prémio é uma solução para fazer com que o gestor e o trabalhador tenha uma motivação adicional” para atingir os objectivos e “eu acho que mereço, todo o grupo merece”.

Fernando Pinto, presidente da companhia aérea, em entrevista ao programa da SIC Noticias “Negócios da Semana”, recordou que desde 2000, quando entrou na companhia, viu um seu salário reduzido em 25% e “em 10 anos nunca foi corrigido”.

Apesar disso, o responsável garante que este comentário “não é nenhuma reclamação, o Governo sempre me tratou bem”, adiantou Fernando Pinto.

No entanto foi dizendo que acha que merece o prémio de gestão e que toda a equipa também o merece.

Segundo o jornal “i”, numa edição recente, o líder da TAP encaixou no ano passado 121,8 mil euros em prémios de gestão, valor ainda devido pelos resultados conquistados pela TAP em 2007, ano em que obteve o melhor resultado de sempre: lucro de 33 milhões de euros.

Além de Fernando Pinto, também os seus companheiros na administração Michael Connoly, Luiz Mór, Jorge Sobral e Manoel Torres tiveram direito a um prémio de 81,2 mil euros cada ao longo de 2009, pela boa prestação da empresa em 2007.

Segundo o mesmo jornal, os valores pagos no ano passado representam 29% da remuneração anual dos administradores e estão registados na folha das remunerações de 2009 dos órgãos sociais da companhia aérea.

Estes prémios foram pagos num ano em que os administradores da TAP reduziram também quase todos os subsídios a que têm direito, como seguros e outros benefícios, reduções que em alguns casos chegaram aos 14% face a 2008.