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Zona Euro: europeus esperam menos crescimento e recuo dos rendimentos

Inquéritos do BCE mostram que as expectativas dos cidadãos sobre o crescimento económico na Zona Euro e sobre o aumento de rendimentos diminuíram ligeiramente em julho. Expectativas sobre emprego e inflação mantiveram-se estáveis, com as famílias a anteciparem menos gastos.

Num contexto geral de desvalorização dos licenciados, o salário de entrada também não recuperou.
João Cortesão
05 de Setembro de 2023 às 11:14
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Os cidadãos europeus estão menos otimistas em relação ao crescimento da Zona Euro nos próximos meses e estão já a antecipar um nova descida nos rendimentos ao longo do próximo ano, revela o inquérito mensal às expectativas dos consumidores divulgado esta terça-feira pelo Banco Central Europeu (BCE). 

Os inquéritos do BCE revelam que, entre os 20 países do euro, as expectativas dos cidadãos para o crescimento económico para os próximos 12 meses caíram ligeiramente de -0,6% para 0,7% em julho, numa altura em que a economia da Alemanha, o principal motor de crescimento europeu, está em risco de voltar a contrair.

Por outro lado, as expectativas sobre a taxa de desemprego nos próximos 12 meses mantiveram-se inalteradas em 11%. "Os consumidores continuaram a esperar que a taxa de desemprego futura seja apenas ligeiramente superior à taxa de desemprego atual percebida (10,8%), o que implica um mercado de trabalho globalmente estável", explica o BCE.

Mas os dados mostram que, em julho, os inquiridos desempregados relataram que a expectativa de encontrar um emprego nos próximos três meses caiu de 26,6% em abril para 22,9% agora em julho. Já a probabilidade esperada por parte dos inquiridos empregados de perderem o emprego nos três meses seguintes aumentou de 7,8% em abril para 8,2% em julho. 


Os europeus mantiveram também inalteradas, pelo terceiro mês consecutivo, as perspetivas em relação à inflação nos próximos 12 meses, em 8% em julho. As expectativas em relação à inflação no próximo ano mantiveram-se também inalteradas em 3,4%, pelo segundo mês seguido.

"A evolução das perceções e expectativas de inflação permaneceu estreitamente alinhada entre os grupos de rendimento, embora os inquiridos mais jovens (com idades entre os 18 e os 34 anos) continuem a reportar perceções e expectativas de inflação mais baixas do que os inquiridos mais velhos (com idades entre os 55 e os 70 anos)", diz o BCE.

Os consumidores contam ainda que o seu rendimento nominal aumente menos do que antecipam em maio. Em vez de 1,2%, as expectativas dos europeus reduziram-se para 1,1%. O recuo "foi impulsionado principalmente pelos inquiridos do quintil de rendimento mais baixo", explica.

A percepção do crescimento das despesas nominais ao longo dos 12 meses passados manteve-se inalterada em 6,7%, um valor próximos do valor máximo de 7,1% registado em março. Mas as expectativas de crescimento dos gastos nos próximos 12 meses permaneceram estáveis em 3,4%, o valor mais baixo desde março de 2022, o primeiro mês completo desde o início da guerra na Ucrânia.

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