Notícia
Xi e Biden ao telefone. Conversa "cândida" e "construtiva", mas com reparos parte a parte
Washington e Pequim deram conta de um diálogo "cândido" e "construtivo" entre os líderes das duas maiores economias. No entanto, houve espaço para críticas de parte a parte. Biden pôs o dedo na ferida relativamente ao apoio de Pequim à Rússia, enquanto Xi retorquiu com o caso de Taiwan. No comércio a troca de galhardetes foi na mesma linha.
Os presidentes dos Estados Unidos e da China, Joe Biden e Xi Jinping, conversaram, esta terça-feira, ao telefone, pela primeira vez desde 2022, garantindo que a troca de pontos de vista foi "cândida" e "construtiva".
Os líderes das duas maiores economias do mundo conseguiram manter uma aparência de estabilidade política apesar das profundas desconfianças mútuas entre os seus países, com os respetivos governos a prosseguirem com controlos à exportação, sanções e tarifas. Não obstante, procuraram um terreno comum em matérias como os riscos colocados pela inteligência artificial ou o combate a drogas como o Fentanil, um analgésico opioide com rápida ação, curta duração e elevada potência (100 vezes maior do que a da morfina).
A conversa ao telefone foi, como assinala a Bloomberg, cuidadosamente orquestrada, com Washington e Pequim a emitirem comunicados a darem conta de um diálogo "cândido" e "construtivo" relativamente a tópicos como a inteligência artificial ou o combate ao narcotráfico, mas também no domínio da cooperação militar ou no campo dos esforços ao nível das alterações climáticas.
No entanto, também foram tornados públicos reparos de parte a parte.
Segundo a Casa Branca, Biden levantou preocupações sobre o apoio da China à base industrial da defesa da Rússia, enfatizou a importância do Estado de Direito e da liberdade de navegação no Mar do Sul da China. Em paralelo, também chamou a atenção para "as políticas comerciais injustas da China e as práticas económicas à margem das regras dos mercados" e "sublinhou que os Estados Unidos vão continuar a tomar as ações necessárias para evitar que tecnologias avançadas do país sejam usadas para minar a segurança nacional, sem limitar, de forma indevida, o comércio e o investimento".
Do lado de Pequim, Xi Jinping descreveu, de forma semelhante, a conversa, manifestando também preocupações sobre "vários fatores negativos", mesmo com a estabilização das relações entre as duas maiores economias do mundo.
O presidente da China destacou a "infinita" lista de restrições de sanções de que é alvo o setor tecnológico da China, apontando que esse tipo de atitude está a criar riscos em vez de os minimizar. Em paralelo, também caraterizou o potencial envolvimento dos Estados unidos no apoio à independência de Taiwan como uma "linha vermelha".
"Não mude de direção, não crie problemas e não ultrapasse os limites", terá dito Xi Jinping a Joe Biden, segundo a imprensa estatal chinesa.
Esta foi a primeira conversa ao telefone entre os dois líderes desde 2022, embora tenham mantido um "one-on-one" em novembro, num encontro na Califórnia, altura em que concordaram comunicar de uma forma mais regular, uma vez que tinha volvido um ano desde as conversações anteriores.
Os líderes das duas maiores economias do mundo conseguiram manter uma aparência de estabilidade política apesar das profundas desconfianças mútuas entre os seus países, com os respetivos governos a prosseguirem com controlos à exportação, sanções e tarifas. Não obstante, procuraram um terreno comum em matérias como os riscos colocados pela inteligência artificial ou o combate a drogas como o Fentanil, um analgésico opioide com rápida ação, curta duração e elevada potência (100 vezes maior do que a da morfina).
No entanto, também foram tornados públicos reparos de parte a parte.
Segundo a Casa Branca, Biden levantou preocupações sobre o apoio da China à base industrial da defesa da Rússia, enfatizou a importância do Estado de Direito e da liberdade de navegação no Mar do Sul da China. Em paralelo, também chamou a atenção para "as políticas comerciais injustas da China e as práticas económicas à margem das regras dos mercados" e "sublinhou que os Estados Unidos vão continuar a tomar as ações necessárias para evitar que tecnologias avançadas do país sejam usadas para minar a segurança nacional, sem limitar, de forma indevida, o comércio e o investimento".
Do lado de Pequim, Xi Jinping descreveu, de forma semelhante, a conversa, manifestando também preocupações sobre "vários fatores negativos", mesmo com a estabilização das relações entre as duas maiores economias do mundo.
O presidente da China destacou a "infinita" lista de restrições de sanções de que é alvo o setor tecnológico da China, apontando que esse tipo de atitude está a criar riscos em vez de os minimizar. Em paralelo, também caraterizou o potencial envolvimento dos Estados unidos no apoio à independência de Taiwan como uma "linha vermelha".
"Não mude de direção, não crie problemas e não ultrapasse os limites", terá dito Xi Jinping a Joe Biden, segundo a imprensa estatal chinesa.
Esta foi a primeira conversa ao telefone entre os dois líderes desde 2022, embora tenham mantido um "one-on-one" em novembro, num encontro na Califórnia, altura em que concordaram comunicar de uma forma mais regular, uma vez que tinha volvido um ano desde as conversações anteriores.