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Volume de prémios de seguro cresce 28,3% em 2005

O volume de prémios de seguro directo emitidos em Portugal cresceu 28,3% em 2005, atingindo os 13,4 mil milhões de euros, revelou a Associação Portuguesa de Seguradores acrescentando que o índice de penetração dos seguros no PIB atingiu os 9,6%, um valor

06 de Fevereiro de 2006 às 13:53
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O volume de prémios de seguro directo emitidos em Portugal cresceu 28,3% em 2005, atingindo os 13,4 mil milhões de euros, revelou a Associação Portuguesa de Seguradores acrescentando que o índice de penetração dos seguros no PIB atingiu os 9,6%, um valor em linha com a média europeia.

De acordo com os dados da associação, o volume de prémios de seguro directo emitidos em Portugal cresceu a «um ritmo historicamente elevado e que terá impulsionado o índice de penetração dos seguros no PIB para um nível comparável ou mesmo superior ao nível médio da União Europeia».

No final de 2004, o nível médio de penetração no conjunto da União Europeia ficava pelos 9%.

No entanto, a APS esclarece que a «relativa estagnação do nosso produto, que em termos nominais se estima ter crescido à volta dos 3%», terá contribuído para a taxa de crescimento verificada o ano passado.

Tal como em anos anteriores «mas de forma mais vincada ainda», o segmento dos seguros Vida encontra-se em acentuada expansão, enquanto o segmento seguros não vida está estagnado em termos reais.

O ano passado, o volume de prémios e contribuições para os produtos do ramo Vida ascendeu a 9,1 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de quase 50% em relação a 2004 e de 100% face a 2002.

A APS justifica este crescimento, «num período marcado até por instabilidade e degradação das condições fiscais de alguns dos seus produtos», com a aposta por parte de alguns grupos financeiros na comercialização de produtos de capitalização de seguros e também da entrada em vigor da nova Directiva da Poupança, que desviou para este tipo de produtos aplicações feitas em Portugal por não residentes, em especial emigrantes.

Os produtos e operações de capitalização foram os que apresentaram maiores índices de crescimento em 2005, da ordem dos 65%, enquanto os produtos de risco e os PPR registaram um crescimento menor, em torno dos 15%.

Já no segmento Não Vida, o comportamento é bem distinto com a taxa de crescimento dos prémios a não exceder, no seu conjunto, 1,9%, estagnação verificadas em todos os grandes ramos.

Segundo a APS, esta estagnação deveu-se à conjuntura macroeconómica pouco favorável mas também a «ajustamentos nos preços dos seguros, em virtude de progressos que se têm feito sentir paralelamente na respectiva sinistralidade».

O sub-ramo de Acidentes de Trabalho cresceu 0,7%, o ramo de Acidentes e Doenças cresceu 3,1% «impulsionado pelo seu sub-ramo Doença, que continua a revelar um dinamismo sem paralelo entre as restantes grandes linhas de negócio da actividade».

O ramo de Incêndio e Outros Danos cresceu 0,5% e o ramo automóvel cresceu 1,6% em 2005, desacelerando face ao crescimento de 4,2% registado no ano anterior.

«Também aqui se deve admitir a influência de ajustamentos de tarifários, dos quais terá resultado um decréscimo do prémio médio, pelo menos em termos reais, porque mesmo em conjunturas adversas no que ao comércio automóvel respeita (e segundo a ACAP, as vendas de veículos novos cresceram, ainda assim, 1,5%), o parque em circulação não tem deixado de crescer sistematicamente», conclui a APS.

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