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Vistos Gold e emigrantes fazem crescer vendas no imobiliário

A APEMIP volta a falar em retoma no sector. Vendas cresceram 8,7% no terceiro trimestre, com destaque para Agosto e para os negócios relacionados com os vistos gold, emigração e fluxos turísticos. Já os imóveis entregues aos bancos nas dações em pagamento recuaram 58%

Bruno Simão/Negócios
08 de Outubro de 2013 às 10:40
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O mercado imobiliário registou, nos últimos meses, “um dinamismo mais positivo”, directamente relacionado com os fluxos turísticos, emigração e os Vistos Gold, afirma hoje a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP). Assim, nos primeiros nove meses deste ano, transaccionaram-se cerca de 72 mil imóveis (urbanos, rústicos e mistos), sendo que, só no terceiro trimestre, estima-se que as transacções tenham ascendido a 25 mil, registando-se um crescimento de 8,7% face ao trimestre anterior. O mês de Agosto terá sido o mais representativo, com 38% das vendas realizadas.

 

Estes números, diz a APEMIP, vêm “confirmar as previsões  de retoma” para o sector. “As expectativas são tendencialmente mais optimistas, e isso reflecte-se nos números”, afirma Luis Lima, presidente da APEMIP, sublinhando esperar “que esta tendência de retoma não seja apenas sazonal e que se mantenha, sendo para isso necessário que o nosso país consiga transmitir uma imagem confiança no mercado imobiliário”.

 

Dações em pagamento recuam 58%

 

Já no que toca ao número de imóveis entregues em dação em pagamento, por famílias e promotores que não conseguem assegurar as prestações aos bancos, nos primeiros nove meses do ano registou-se uma quebra de 58% face ao período homólogo. Do total de 1.849 imóveis entregues este ano, 503 foram entregues no terceiro trimestre, registando um decréscimo de 29% face ao trimestre anterior.

 

Este decréscimo “está relacionado com a actuação dos bancos junto dos seus clientes, já que passaram a adoptar uma posição mais facilitadora do pagamento das dívidas de crédito à habitação pelas famílias.”

 

De acordo com as estimativas da APEMIP, as Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto concentraram cerca de 30% das ocorrências, sendo que dos 10 municípios mais penalizados em termos nacionais, sete pertenceram a estas duas unidades territoriais (Sintra, Oeiras, Vila Nova de Gaia, Gondomar, Moita, Montijo e Palmela), sendo que os restantes são de distintas zonas do país (Povoação, Coimbra e Cantanhede).

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