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Vila Real recusa casar Segurança Social com centro de emprego

O município está na lista dos 15 projectos piloto para agregação de serviços da Segurança Social com centros de emprego, mas recusa o lugar. Presidente da autarquia diz ao Negócios que não foi consultado e que a medida não faz sentido.

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Com um centro de emprego com condições desadequadas, Vila Real estará na linha da frente do projecto piloto que pretende juntar as estruturas do Instituto de Emprego (IEFP) com as da Segurança Social. Mas o presidente da autarquia rejeita liminarmente a ideia: "Não quero acreditar que a decisão já tenha sido tomada", adianta Rui Santos ao Negócios.

 

O socialista que nas últimas eleições autárquicas roubou a câmara ao PSD já foi presidente de uma direcção distrital da Segurança Social, um curriculum que considera dar-lhe conhecimento de causa acrescido nesta matéria. E a avaliação é clara: "Só alguém que não conheça a forma como a Segurança Social funciona é que pode acreditar que se pode juntar o atendimento com a área do emprego". 

 

Rui Santos reconhece que o centro de emprego precisa de melhores instalações, mas  nunca no actual edifício da Segurança Social, que, apesar de relativamente novo e mais espaçoso, garante estar já a rebentar pelas costuras no atendimento ao público: "Temos um serviço prestado em grande dificuldade que se transformaria num caos", diagnostica.

 

O argumento da maior comidade dos utentes não convence o autarca: "Está-se a pensar nas complementaridades no subsídio de desemprego, mas há vários outros serviços em que elas não existem". Questões como a carreira contributiva para efeitos de pensose, todas as restantes prestações sociais e a verificação de incapacidades permanentes ou temporárias estão entre os exemplos onde não há conexão entre as duas áreas.

 

A reforçar a sua posição estará o facto de o próprio presidente do centro de emprego se ter manifestado contra o plano de agregação dos dois serviços, tendo inclusivamente sugerido três outros locais para a localização dos serviços.

 

Apesar de não ter sido formalmente contactado pelos conselhos directivos do IEFP (que gere os centros de emprego), do Instituto da Segurança Social (que gere os serviços de Segurança Social) nem pelo Governo, Rui Santos diz que a Assembleia Municipal já aprovou uma moção contra a intenção central. 

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