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Vice-presidente do BCE antecipa revisão em alta das projeções económicas para a Zona Euro

Luis de Guindos nota que "todos os indicadores do terceiro trimestre são positivos" e justificam melhoria das projeções. As mais recentes previsões do BCE apontam para um crescimento de 4,6% em 2021, e 4,7% em 2022.

Luis de Guindos
reuters
25 de Agosto de 2021 às 11:27
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As projeções económicas para a Zona Euro devem ser revistas em alta pelo Banco Central Europeu (BCE), conforme admitiu esta quarta-feira o vice-presidente do banco central Luis de Guindos. A melhoria das previsões deverá ser conhecida depois da reunião do Conselho de Governadores, marcada para dia 9 de setembro.

"Cada vez que atualizámos [as perspetivas económicas da Zona Euro] foi para melhor e isso pode acontecer novamente", referiu Luis de Guindos, durante um evento financeiro em Espanha, sublinhando que "todos os indicadores relativos ao terceiro trimestre são positivos".

Na última atualização, em junho, o BCE já tinha melhorado as previsões de crescimento da economia da Zona Euro, apontando para um crescimento de 4,6% em 2021, ao invés dos 4% inicialmente avançados. A autoridade monetária europeia melhorou também as previsões de crescimento para 2022 para 4,7% (de 4,1%).


O ex-ministro da Economia de Espanha revelou também que é esperado que "a inflação na Europa vá continuar a acelerar" e que, até ao final do ano, possa atingir os 3%. Ainda assim, Luis de Guindos está confiante de que a inflação seja apenas temporária e que venha a desacelerar de forma "significativa" a partir de 2022.

As últimas estimativas do BCE apontam para uma aceleração da inflação para 1,9% em 2021 e uma desaceleração para 1,5% no próximo ano. No mês passado, a inflação já ultrapassou a fasquia recomendada dos 2%, atingindo o valor mais elevado desde 2018, mas desde que atualizou a meta (deixando cair a referência a que a taxa tem de estar abaixo dessa barreira), o BCE tem maior flexibilidade de ação face à subida dos preços.

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