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Utentes manifestam "apoio e solidariedade" aos clínicos

O Movimento de Utentes dos Serviços de Saúde (MUSS) manifestou hoje o seu "apoio e solidariedade" à greve dos médicos, considerando a paralisação "justa e oportuna".

11 de Julho de 2012 às 10:11
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Os médicos cumprem hoje o primeiro de dois dias de greve, durante os quais os serviços públicos de saúde vão funcionar como se fosse fim-de-semana ou feriado, num protesto promovido por dois sindicatos e apoiado pela Ordem dos Médicos (OM).

"Face à actual situação inadmissível existente no Serviço Nacional de Saúde", os utentes manifestam "o seu apoio e solidariedade à justa e oportuna acção de luta que as estruturas sindicais representativas dos médicos" realizam hoje e quinta-feira, afirma o MUSS em comunicado.

O movimento de utentes afirma ter "consciência dos problemas que esta acção poderá causar em termos de adiamentos de cirurgias e consultas", mas diz compreender esta greve, que "visa melhorar o atendimento dos utentes em todas as vertentes dos serviços de saúde pública".

Portanto, salienta, "só nos resta desejar que esta situação preocupante possa ser rapidamente resolvida pelo diálogo entre os sindicatos médicos e o Ministério da Saúde, de forma a satisfazer as justas reivindicações dos profissionais médicos".

Para os utentes, os médicos estão a lutar pelos seus "direitos sociais e laborais", mas também pelo Serviço Nacional de Saúde e pelos direitos dos utentes.

Na base do protesto dos médicos estão 20 reivindicações dos clínicos, sendo a mais polémica o fim do concurso de aquisição de serviços médicos.

No pré-aviso de greve, o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) recusam "as múltiplas e graves medidas governamentais de restrição no acesso aos cuidados de saúde".

Os clínicos identificam como um dos objectivos deste protesto a defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Os médicos reclamam a defesa da "qualidade do exercício da profissão médica e da sua formação contínua" e recusam "as múltiplas e graves medidas governamentais de restrição no acesso aos cuidados de saúde para um número crescente de cidadãos, colocando permanentes situações dramáticas aos vários sectores de profissionais de saúde".



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