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Ulrich e Santos Ferreira afastam cenário de fusões

Os presidentes do Banco Português de Investimento (BPI), Fernando Ulrich, e do Millennium bcp, Carlos Santos Ferreira, afastaram a possibilidade de fusões na banca nacional no curto prazo, defendendo que as instituições financeiras se devem concentrar para já no seu crescimento orgânico.

13 de Outubro de 2008 às 01:59
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Os presidentes do Banco Português de Investimento (BPI), Fernando Ulrich, e do Millennium bcp, Carlos Santos Ferreira, afastaram a possibilidade de fusões na banca nacional no curto prazo, defendendo que as instituições financeiras se devem concentrar para já no seu crescimento orgânico.

“Entendo que a gestão nos bancos deve estar concentrada no seu trabalho essencial, de gestão de risco e atendimento aos clientes, e não em envolverem-se nos desafios e na perturbação que acaba por causar um processo de concentração”, disse Fernando Ulrich no programa da RTP Prós e Contras.

A mesma posição foi partilhada por Carlos Santos Ferreira. O presidente do BCP sublinhou que “este é o ano para que cada um trate de si”. “Este é o ano para tudo o que se quiser menos para fusões”, afirmou Santos Ferreira durante o debate, argumentando que “é claro hoje que não é a dimensão que resolve os problemas”.

“Claramente este não é o momento para fusões entre bancos desta dimensão”, acrescentou o presidente do BCP. Sobre a gestão da actual crise Santos Ferreira foi também categórico. “Já fizemos o trabalho de casa todo que podíamos fazer. O que há a fazer agora é esperar”, disse.

O debate da RTP1 levantou ainda a questão dos “salvamentos” de bancos pelo Estado e da eventual necessidade que esse tipo de medida seja adoptada em Portugal. “Não vejo nenhum banco com problemas a necessitar dessa terapia”, afirmou Fernando Ulrich.

Presidente do BES “distancia-se” de Espanha

Já o presidente do Banco Espírito Santo (BES), Ricardo Salgado, chamou a atenção para a oportunidade de crescimento orgânico nas economias emergentes. Para o presidente do BES, Espanha é um mercado não recomendável para aquisições. “Em relação à banca do vizinho, os problemas são tantos e tão variados que é melhor pensar noutra estratégia”, disse Ricardo Salgado.

Será por isso melhor, defendeu o mesmo responsável, considerar outros mercados. “Brasil e Angola fazem parte da família portuguesa. A estratégia dos bancos portugueses tem de ser muito mais na relação com esses países”, referiu o presidente do BES.

Para Ricardo Salgado, o crescimento da banca portuguesa nos mercados emergentes poderá ser feito até por via de parcerias. “Dar as mãos” foi a expressão utilizada pelo presidente do BES. Questionado sobre o significado dessa mesma expressão, Ricardo Salgado preferiu não entrar em detalhes.

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