A União Geral de Trabalhadores (UGT) defende que a União Europeia (UE) deveria preocupar-se com políticas para incrementar o crescimento económico e o emprego por contraposição à sua actual «política monetarista», defendeu Proença de Carvalho, líder da central sindical, após audiência com o primeiro ministro.

Proença de Carvalho alegou que, no próximo Conselho Europeu, a realizar-se no final desta semana em Gotemburgo, «não serão debatidas matérias importantes», sublinhando que a UE deveria debruçar-se sobre o problema do crescimento económico, bem como «sobre o emprego e a qualidade do emprego».

Segundo o presidente da UGT, a EU tem actualmente uma «política monetarista», que se preocupa somente com «a redução da despesa pública» e o equilíbrio orçamental.

Relativamente ao Programa de Redução de Despesa Pública em Portugal, que será levado a aprovação pelo Conselho de Ministros pelo ministro das Finanças no próximo dia 21 de Junho, Proença de Carvalho mostrou-se preocupado com «as consequências da redução da despesa em áreas como a Segurança Social e a Saúde».

O mesmo responsável acrescentou que o abrandamento do crescimento económico, conjugado com o aumento da inflação, está a «impedir o aumento dos salários reais». Por este motivo, o Proença de Carvalho defendeu a revisão salarial na próxima reunião da Concertação Social, bem como a existência de «uma política que compense uma tributação do IRS» para os trabalhadores por conta de outrém.