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Ucrânia pede 20 mil milhões de euros à União Europeia

Primeiro-ministro diz que associação à Europa tem custos para a indústria e a economia e quer contrapartidas. 11 graus negativos não demoveram manifestantes.

Negócios 11 de Dezembro de 2013 às 10:45
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Um pacote de assistência financeira no valor de 20 mil milhões de euros é uma das contrapartidas que o Governo ucraniano quer para assinar o polémico acordo de associação e de comércio livre com a União Europeia (UE), adiantou esta manhã o primeiro-ministro Mykola Azarov, citado pela agencia noticiosa local Interfax.

 

Segundo Azarov, os ucranianos que se reuniram em Maidan, a praça da Independência em Kiev e epicentro das manifestações pró-europeias “estão a pedir que assinemos um acordo de associação com a UE. O Governo também favorece a assinatura, o quanto antes, deste acordo, mas queremos garantir que há condições para minimizar as perdas para a economia nacional”, adiantou, segundo a Interfax.

 

Por isso, o Governo ucraniano “convidou a Comissão Europeia a analisar as condições em que a industria e a economia funcionarão. E propomos resolver o assunto oferecendo ajuda financeira à Ucrânia”, num valor aproximado de 20 mil milhões de euros.

 

Entretanto nas ruas os protestos continuam. A temperatura glaciar – durante a noite fez 11 graus negativos, segundo a imprensa internacional – não demoveu os manifestantes no centro de Kiev, onde voltaram a registar-se incidentes. Segundo a agencia Efe, pelo menos dez soldados ficaram feridos na sequência dos confrontos desta madrugada.

 

Os protestos, aos quais as autoridades reagiram com violência, arrastam-se desde final de Novembro, quando o presidente do país, Viktor Yanukovych, resolveu recuar nos planos de aproximação à Europa, tendo preferido o reforço de laços políticos e comerciais com a Rússia.

 

Na frente diplomática, os Estados Unidos, através do secretário de Estado John Kerry, já expressaram o seu lamento pelo facto de as autoridades ucranianas terem reagido às manifestações pacíficas com violência policial, bulldozers e bastões, no que consideram ser um desrespeito pelo exercício de direitos democráticos dos cidadãos. Kerry disse mesmo que os EUA estão com o povo ucraniano, que “merece melhor”.

 

A chefe da diplomacia europeia, que já foi a Kiev para tentar negociar um acordo com o Governo local, mostrou-se impressionada com a determinação dos manifestantes e deplorou o uso da força policial.

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