Notícia
Decisão do Tribunal europeu contra a Google “vem reflectir orientação já seguida pela CNPD”
A presidente da Comissão Nacional da Protecção de Dados, Filipa Calvão, aplaude a decisão do Tribunal Europeu no processo contra a Google.
“É uma decisão muito importante que vem reflectir a orientação das autoridades europeias de protecção de dados no sentido de procurar garantir às pessoas que não ficam marcadas para a vida com alguma coisa a seu respeito que foi parar à Internet”, afirmou ao Negócios Filipa Calvão, presidente da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD).
A responsável comentava, desta forma, a decisão do Tribunal de Justiça Da União Europeia, que veio reconhecer o chamado “direito a ser esquecido” na Internet. O processo, recorde-se, opunha um cidadão espanhol à norte-americana Google e o tribunal considerou que, a pedido do cidadão, deveriam ser retiradas informações antigas relativas à sua vida pessoal, por forma a proteger a sua privacidade.
A CNPD, explica Filipa Calvão, já teve em mãos vários casos com alguma semelhança com o que foi agora avaliado pelo Tribunal de Justiça da União Europeia e a opção tem sido a de “solicitar à base de dados originária, onde consta a informação em causa, que corte a ligação ao motor de busca”, por forma a que, quando se fizerem pesquisas pelo nome da pessoa, aqueles dados em concreto deixem de aparecer.
A CNPD tem procurado também ter uma atitude preventiva quando dá pareceres, nomeadamente, a diplomas do Governo que abarquem situações de tratamento de dados pessoais. Nesses casos, recomenda logo de início que sejam tomadas providências para que os dados não sejam associados a motores de busca.