Fernando Teixeira dos Santos, na sua primeira intervenção como Ministro de estado e das Finanças no Parlamento, defendeu a manutenção de uma política de consolidação orçamental, afirmando, no entanto, que «não se deve pura e simplesmente deixar de investir».

No debate parlamentar para a discussão das Grandes Opções do Plano, o novo ministro das Finanças disse que «investir é preparar o futuro» e defendeu que «não há despesismo no investimento previsto». Teixeira dos Santos considera que o nível «relativo de investimento público permanecerá estável e até mesmo inferior ao de alguns dos nosso parceiros da coesão».

Para o ministro, a implementação de projectos de investimento público terá de ser subordinada a uma «criteriosa análise social de custos e benefícios».

O discurso de Teixeira dos Santos foi o primeiro efectuado no Parlamento. O anterior ministro, Campos e Cunha, saiu do Governo, alegadamente por estar contra o programa de investimentos do Executivo em grandes projectos, como a Ota e o TGV.

Estes projectos receberam já várias críticas, tendo um grupo de 13 economistas publicado ontem um manifesto, onde demonstram a sua oposição aos grades investimentos públicos.