Em 2007, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou uma taxa de variação média de 2,5%, um valor 0,6 pontos percentuais (p.p.) abaixo ao verificado no ano anterior, anunciou o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os números da inflação voltaram a furar as previsões do Governo que, para o conjunto de 2007, previa uma subida de 2,3% dos preços.

"As classes que mais contribuíram, em 2007, para a formação da taxa de inflação medida pelo IPC foram a dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, a da habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis  e a da saúde ", refere o comunicado do INE que sublinha que a classe das Comunicações foi a única que contribuiu negativamente.

O INE acrescentou que a taxa de variação homóloga do IPC, em Dezembro, fixou-se em 2,7%, um valor 0,1 p.p. abaixo em relação ao verificado em Novembro. Entre os dois últimos meses do ano, o IPC registou uma variação mensal de 0,1%.

As contribuições positivas para a variação mensal foram da classe dos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, da habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis e dos transportes. As contribuições negativas foram da classes das bebidas alcoólicas e tabaco, dos acessórios, equipamentos domésticos e manutenção corrente da habitação e do lazer, recreação e cultura.

A mesma fonte refere que o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) sofreu, em 2007, uma subida de 2,4% face ao ano anterior. Já a taxa de variação homóloga do IHPC, em Dezembro, foi 2,7%, enquanto a taxa de variação mensal se fixou em 0,1%.

O INE afirma que, tendo em conta os últimos dados sobre a evolução dos preços no consumo na Zona Euro, a diferença entre a taxa de inflação média portuguesa e a registada nos países da Zona Euro desceu quatro décimas de p.p., em Novembro. De acordo com uma estimativa do Eurostat, este diferencial terá recuado para três décimas de p.p., em Dezembro.