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Tarifas dos EUA à China devem quadruplicar para veículos elétricos

A notícia está a ser avançada pelo The Wall Street Journal. Outros setores como o das baterias e células solares também poderão ser visados por estes aumentos.

EPA
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O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deverá nos próximos dias aprovar um aumento das tarifas em bens de energia limpa provenientes da China. Em particular, as tarifas dos veículos elétricos deverão quadruplicar.

Segundo já tinha noticiado a Bloomberg na manhã desta sexta-feira, a decisão da administração norte-americana, que deve ser anunciada na terça-feira, figura como o culminar da revisão das tarifas posta em marcha pelo antigo Presidente Donald Trump, em 2018.

As novas tarifas vão incidir sobre indústrias como a dos veículos elétricos, baterias e células solares, mantendo-se, em larga medida, o leque das já existentes, de acordo com a agência de notícias financeira.

Os responsáveis norte-americanos estão particularmente focados nos veículos elétricos, cujas tarifas deverão subir de 25% para quase 100%. A tarifa já existente, de 15%, tem sido um dos impeditivos à entrada de marcas automóveis chinesas nos EUA, que são muitas vezes mais baratas do que os modelos ocidentais. Há ainda um adicional de 2,5% aplica-se a todos os automóveis importados para os Estados Unidos.

Esta decisão surge na sequência da intenção manifestada por Biden, no mês passado, de elevar as taxas sobre o alumínio e o aço da China e do lançamento formal de uma nova investigação à indústria naval chinesa, passível de conduzir a novas tarifas.

Em abril, Biden afirmou estar a considerar a possibilidade de triplicar as tarifas, durante um comício na sede do sindicato dos trabalhadores do aço em Pittsburgh, conhecida como a "cidade do aço". A tarifa atualmente aplicada a determinados produtos de aço e alumínio é de 7,5%, pelo que, a avançar, estará em causa um aumento para 22,5%.

Durante o seu mandato, Trump impôs direitos aduaneiros sobre centenas de milhares de milhões de dólares de produtos chineses, aos quais Pequim respondeu com mais taxas, desencadeando uma guerra comercial que prejudicou o crescimento global e levou a perturbações nas cadeias de abastecimento.
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