Notícia
STAL: "Isto não é um Governo, é uma quadrilha"
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) reagiu hoje à proposta enviada pelo Governo aos parceiros sociais, que prevê a redução do número de trabalhadores das autarquias, afirmando: "Isto não é um Governo, é uma quadrilha".
08 de Outubro de 2012 às 20:13
"Eu diria que, se não falássemos num Governo eleito pelos portugueses, estávamos a falar numa quadrilha de ladrões, porque, de facto, é disso que se trata", disse Francisco Santos Braz, em declarações à Lusa.
"As autarquias já não têm capacidade de intervir por falta de pessoal em muitas das suas zonas e há uma ameaça de destruição das empresas municipais com serviços essenciais, que atravessam a água, os transportes públicos, o tratamento de resíduos sólidos, jardins, espaços verdes, coisas que são fundamentais", explicou.
"No início, houve quem não nos ouvisse ou não acreditasse em nós quando dizíamos que o Governo tem uma intenção, que é política -- não é económica, não é resolver crises no país --, é acabar de destruir o país", defendeu o dirigente sindical.
O artigo 54.º do documento hoje enviado aos parceiros sociais pelo executivo de coligação PSD-CDS/PP chefiado por Pedro Passos Coelho e que será discutido numa reunião na terça-feira prevê que "até 31 de Dezembro de 2013, os serviços e organismos das administrações directa e indirecta, regionais e autárquicas, reduzam, no mínimo, em 50 por cento o número de trabalhadores com contrato de trabalho a termo resolutivo e ou com nomeação transitória existente em 31 de Dezembro de 2012, com exclusão dos que sejam co-financiados por fundos europeus".
Para Francisco Braz, "pensar que se pode dispensar 50 por cento dos contratados a prazo quando se reconhece que o número de contratados a prazo é já hoje superior a um terço de quem labora nas autarquias" vai levar à paralisia dos serviços.
"Isto é um roubo à população portuguesa, um roubo à democracia, é uma coisa sem nome, é de quem perdeu o norte completo ou então acha que pode roubar tudo porque está num país a saque", observou.
O artigo 58.º do mesmo documento prevê, no seu número 1, que "durante o ano de 2013, as autarquias locais reduzam, no mínimo, em dois por cento o número de trabalhadores face aos existentes em 31 de Dezembro de 2012".
Mais à frente, no número 3, refere ainda que "no caso de incumprimento dos objectivos de redução mencionados no n.º1, haverá lugar a uma redução das transferências do Orçamento do Estado para a autarquia em causa no montante equivalente ao que resultaria, em termos de poupança, com a efectiva redução de pessoal prevista naquela disposição no período em causa".
Segundo o sindicalista, "isto só pode ter uma resposta: os trabalhadores de todo o país, a população, têm de revoltar-se, têm de correr com esta gente".
"Isto não é um Governo, é um bando que se juntou para sacar, para roubar, para destruir o país. Só tem um interesse, só tem um patrão e só tem como objectivo destruir as condições de vida das populações e enriquecer, enriquecer, enriquecer os muito ricos. Isto não é possível, é preciso pôr cobro a isto", sustentou.
Embora considerando que se trata de "um desafio muito grande para os trabalhadores da administração local", o presidente do STAL crê que esta situação "terá a resposta que fará mossa de certeza neste assalto, nesta intervenção sem nome contra o país que somos todos nós".
A Lusa tentou contactar a Associação Nacional de Municípios Portugueses sobre esta matéria mas até ao momento não obteve resposta.
"As autarquias já não têm capacidade de intervir por falta de pessoal em muitas das suas zonas e há uma ameaça de destruição das empresas municipais com serviços essenciais, que atravessam a água, os transportes públicos, o tratamento de resíduos sólidos, jardins, espaços verdes, coisas que são fundamentais", explicou.
O artigo 54.º do documento hoje enviado aos parceiros sociais pelo executivo de coligação PSD-CDS/PP chefiado por Pedro Passos Coelho e que será discutido numa reunião na terça-feira prevê que "até 31 de Dezembro de 2013, os serviços e organismos das administrações directa e indirecta, regionais e autárquicas, reduzam, no mínimo, em 50 por cento o número de trabalhadores com contrato de trabalho a termo resolutivo e ou com nomeação transitória existente em 31 de Dezembro de 2012, com exclusão dos que sejam co-financiados por fundos europeus".
Para Francisco Braz, "pensar que se pode dispensar 50 por cento dos contratados a prazo quando se reconhece que o número de contratados a prazo é já hoje superior a um terço de quem labora nas autarquias" vai levar à paralisia dos serviços.
"Isto é um roubo à população portuguesa, um roubo à democracia, é uma coisa sem nome, é de quem perdeu o norte completo ou então acha que pode roubar tudo porque está num país a saque", observou.
O artigo 58.º do mesmo documento prevê, no seu número 1, que "durante o ano de 2013, as autarquias locais reduzam, no mínimo, em dois por cento o número de trabalhadores face aos existentes em 31 de Dezembro de 2012".
Mais à frente, no número 3, refere ainda que "no caso de incumprimento dos objectivos de redução mencionados no n.º1, haverá lugar a uma redução das transferências do Orçamento do Estado para a autarquia em causa no montante equivalente ao que resultaria, em termos de poupança, com a efectiva redução de pessoal prevista naquela disposição no período em causa".
Segundo o sindicalista, "isto só pode ter uma resposta: os trabalhadores de todo o país, a população, têm de revoltar-se, têm de correr com esta gente".
"Isto não é um Governo, é um bando que se juntou para sacar, para roubar, para destruir o país. Só tem um interesse, só tem um patrão e só tem como objectivo destruir as condições de vida das populações e enriquecer, enriquecer, enriquecer os muito ricos. Isto não é possível, é preciso pôr cobro a isto", sustentou.
Embora considerando que se trata de "um desafio muito grande para os trabalhadores da administração local", o presidente do STAL crê que esta situação "terá a resposta que fará mossa de certeza neste assalto, nesta intervenção sem nome contra o país que somos todos nós".
A Lusa tentou contactar a Associação Nacional de Municípios Portugueses sobre esta matéria mas até ao momento não obteve resposta.