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Sondagem: Orçamento para 2001 vai ser aprovado na primeira votação
Segundo uma sondagem efectuada pelo Canal de Negócios, 53,1% dos leitores, acreditam que o Orçamento de Estado para 2001 vai ser aprovado na primeira votação.
Nesta sondagem participaram 1.978 leitores, dos quais 53,1% votaram na aprovação do Orçamento para 2001 à primeira votação, enquanto que 46,9% julgam que este documento não irá ser aprovado na primeira votação.
Este será o primeiro Orçamento de Estado desde que o Partido Socialista chegou ao poder em 1995 que, nesta altura, ainda não tem o apoio expresso de um dos partidos da oposição, o que lança dúvidas acerca da viabilização do mesmo.
O grupo parlamentar do Partido Socialista é composto por 115 deputados, o que representa metade do total dos deputados que têm assento da Assembleia da República. Para a aprovação do Orçamento de Estado é apenas necessário que um dos deputados da oposição se abstenha.
O PSD já confirmou a sua «total indisponibilidade» para fazer aprovar este Orçamento. Os Verdes afastaram-se do Governo após Pina Moura ter posto de parte um aumento salarial na função pública na ordem dos 5,5%.
As exigências do Bloco de Esquerda, que reclamava o imposto sobre as fortunas e aumentos nas pensões, e os problemas de renovação interna do PCP, estão a deitar por terra as hipóteses de associação à esquerda do partido do Governo. Dentro do PS, os mais optimistas admitem o apoio do PCP num cenário duma segunda votação, após o congresso do partido liderado por Carlos Carvalhas.
O Partido Popular (PP), na semana passada anunciou em conferência de imprensa que vai votar contra este Orçamento. O partido liderado por Paulo Portas havia sido apontado pelos analistas como sendo o único partido que poderia viabilizar o Orçamento.
O Presidente da República promoveu ontem uma recepção aos líderes dos partidos representados na Assembleia da República, onde estes reiteraram a sua indisponibilidade em viabilizar o Orçamento de Estado.
Em caso de empate, com 115 votos de cada lado, o Orçamento poderá ser apresentado uma segunda vez, o que segundo os analistas, parece ser uma das hipóteses mais plausíveis.