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Sócrates quer duplicar exportações portuguesas para a China

José Sócrates, chega hoje a Pequim, onde iniciará uma visita oficial de cinco dias à República Popular da China, que o levará também a Xangai e Macau. Reforçar os laços políticos e económicos entre os dois países são os objectivos da "Missão China".

30 de Janeiro de 2007 às 09:31
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José Sócrates, chega hoje a Pequim, onde iniciará uma visita oficial de cinco dias à República Popular da China, que o levará também a Xangai e Macau. Reforçar os laços políticos e económicos entre os dois países são os objectivos da "Missão China".

Numa comunicação disponibilizada no "site" oficial da visita à China (www.missaochina.gov.pt), o primeiro-ministro afirma que um dos objectivos fundamentais é "reforçar os laços políticos entre Portugal e a China", país que "considera um actor político de incontornável importância na nova ordem política que está em construção".

O outro grande objectivo é económico. José Sócrates afirma que pretende potenciar as relações económicas entre Portugal e a China e reforçar as exportações para o mercado chinês. "O objectivo é, durante os próximos anos, duplicar as exportações portuguesas para a China", diz.

Com aquele propósito, o primeiro-ministro será acompanhado por uma comitiva de 71 empresários. BPI, BES, Banco Privado Português, Mota-Engil e Águas de Portugal são algumas das empresas que participam na visita.

A China é a quarta maior economia do mundo, com um produto interno bruto superior a dois biliões de euros, já à frente da economia britânica e muito próxima da alemãe, atrás também da japonesa e da americana.

Com José Sócrates, viajam também os ministros de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, da Economia, Manuel Pinho, e das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Mário Lino.

Fonte do Governo referiu à agência lusa que "serão assinados vários acordos bilaterais e empresariais", assim como se espera "desbloquear" alguns problemas aduaneiros ao nível da entrada de produtos nacionais no mercado chinês.

A parceria estratégica Luso-Chinesa, assinada em Dezembro de 2005, durante a visita a Portugal do primeiro-ministro chinês Wen Jiabao, define um quadro de cooperação bilateral na área política, económica, cultural e nos sectores da ciência e tecnologia, educação e saúde.

Na União Europeia, para além de Portugal, só Itália, Espanha, Reino Unido, Alemanha assinaram acordos de parcerias estratégicas com a República Popular da China.

A visita de José Sócrates visa ainda preparar a cimeira entre a China e a União Europeia que se vai realizar no segundo semestre do ano, durante a presidência portuguesa.

 

Agenda da visita

Em termos políticos, o primeiro encontro de Sócrates acontecerá quarta-feira, a meio da tarde de Pequim, quando se reunir com o seu homólogo Wen Jiabao.

No final da reunião entre os dois primeiros-ministros, está agendada uma cerimónia de assinatura de acordos entre os executivos de Lisboa e Pequim.

Antes do seu encontro com o primeiro-ministro chinês, Sócrates abre ao início da manhã o Fórum de Cooperação Económica Portugal/China 2007, tem um almoço com empresários e visita a Cidade Proibida.

Quinta-feira, antes de partir para Xangai, o primeiro-ministro reúne-se com o vice-presidente da China, Zeng Qinghong, e com o presidente da Assembleia Nacional Popular, Wu Bangguo.

Ao contrário do que aconteceu quando da última visita de um primeiro-ministro português à China (feita por António Guterres em 1998), José Sócrates não se encontrará em Pequim com o chefe de Estado chinês, Hu Jintao, por este se encontrar em visita diplomática ao continente africano.

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