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Sinais de mudança em três casos exemplares

A integração de cuidados, os mapeamentos dos doentes e a contratualização interna em debate.

David Martins
13 de Dezembro de 2017 às 10:59
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A integração de cuidados primários, hospitalares e continuados na ULSM e Hospital Pedro Hispano está a fazer quase 20 anos e, portanto, "está desenvolvida mas não tanto como nós gostaríamos", referiu Victor Herdeiro, presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde de Matosinhos e Hospital Pedro Hispano na sua apresentação "Integração de cuidados primários, hospitalares e continuados".

Colocar o doente no centro tem sido uma das grandes preocupações por isso há mais de dez anos que fazem espirometrias no centro de saúde, que é uma das doenças que afecta a população, têm a clinica da mama em que sempre que um centro de saúde detecta um caso se acciona uma consulta multidisciplinar no hospital.

Desenvolveu nos últimos anos o "walk-clinic" em que o médico de família consegue fazer a referência para o hospital e a cirurgia de ambulatório, e num único dia faz a consulta de cirurgia, anestesia e enfermagem e da segunda vez que volta ao hospital é já para ser operado.

Investimentos são ganhos

"Quando falamos em investir em saúde para obter resultados temos de saber se estamos a ser eficientes, porque os investimentos em saúde normalmente não são custos, mas ganhos em saúde que se traduzem em menos mobilidade e mortalidade", referiu Pedro Câmara Ramos, director regional da saúde da região da Madeira na comunicação sobre o "Mapeamento do percurso do doente como standard".

Disse que "o percurso dos doentes no SNS deve estar perfeitamente bem estabelecido". Sublinhou que as vias verdes no SNS para situações como trauma, sépsis, eventos coronários agudos, acidentes vasculares cerebrais, são um bom exemplo do mapeamento do percurso "que teve sucesso com o tratamento e recuperação dos pacientes com menos sequelas e uma mais rápida integração na vida normal". Além disso, "acompanhamos cada vez melhor os doentes crónicos através dos cuidados primários. Tudo isto são ganhos que resultaram de investimentos", concluiu.

Proteger a organização

"A contratualização interna não é mais do que pegar num contrato externo e contratualizar internamente com essas estruturas de forma que se consigam atingir objectivos de organização, nomeadamente objectivos de produção a vários níveis como as consultas, os internamentos, as actividades cirúrgicas", explicou João Porfírio Oliveira, presidente do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro ao falar sobre "O Impacto da evidência na contratação interna".

A contratualização interna implica a criação de estruturas intermédias porque "num hospital que facilmente tem 30 serviços clínicos é complicado acompanhá-la mensalmente e é completamente diferente do que acompanhar sete ou oito estruturas intermédias", explicou João Porfírio Oliveira.

Este modelo organizativo e de contratualização protege a organização "das mudanças sucessivas das administração, que têm mandatos de três anos a seis anos, das variações de pessoas e de políticas e consigam durar no tempo e a criar mecanismos para a sua evolução".


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