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Seguro de 6,4 milhões protege metade das uvas na região do Tejo

Tal como fizeram os produtores de vinhos verdes, a Comissão Vitivinícola Regional do Tejo vai também ter um seguro colectivo de colheitas, financiado na íntegra pela União Europeia.

Seguro de 6,4 milhões protege metade das uvas na região do Tejo
17 de Abril de 2012 às 15:55
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De acordo com a informação enviada às redacções, o seguro colectivo de colheitas vai abranger 150 produtores da região, protegendo assim 23 milhões de quilos de uva, equivalente a 43% do que a região do Tejo (antes designada como Ribatejo) produz anualmente.

Além disso, frisa presidente da CVR Tejo, José Pinto Gaspar, “a negociação com a Comissão Europeia e a inclusão desta iniciativa no pacote da Organização Comum do Mercado Vitivinícola permite, em simultâneo, proporcionar uma considerável poupança ao Estado”.

O Ministério da Agricultura anunciou em Outubro do ano passado que deixaria de financiar os seguros de colheita, que custavam entre 15 a 18 milhões de euros por ano em bonificações pagas às produtoras e cuja dívida acumulada ascende a 60 milhões de euros.

Em alternativa, a portaria anunciada em Fevereiro deste ano prevê este mecanismo de apoio à contratualização de seguros de colheita de uva para vinho, para substituir o actual Sistema Integrado de Protecção contra as Aleatoriedades Climáticas (SIPAC).

Além de ser “integralmente financiado pelo orçamento da União Europeia” – a dotação é de 10 milhões de euros em 2012 – a tutela garantiu que permite “maiores níveis de apoio aos agricultores e, ao mesmo tempo, gera importantes poupanças ao Orçamento do Estado”.

A assinatura do seguro da CVR Tejo terá lugar a 20 de Abril, quase um mês depois da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) ter assinado também com a CA Seguros, do grupo Crédito Agrícola, um instrumento que abrange mais de 22 mil produtores.

Na altura, o presidente da CVRVV, Manuel Pinheiro, frisou tratar-se do "maior seguro agrícola em Portugal e um dos maiores da Europa", envolvendo perto de 100 mil toneladas de uva, com um custo estimado para a Comissão de meio milhão de euros por ano.

A apólice de seguros contratualizada protege a cultura da vinha em caso de incêndio, queda de raios, explosões, tornados, granizo, geada, trombas de água e neve e não tem qualquer custo para os produtores de vinho verde.


Governo pondera condicionar ajudas a quem tem seguro

Presente na assinatura do seguro, no Porto, o secretário de Estado da Agricultura disse no mês passado que o objectivo com que o Governo está “a contar” é que em 2014 seja mudado por completo o sistema de seguros, de forma a ser “maioritariamente financiado pela Política Agrícola Comum”.

“Vamos ter, também, que rever o tipo de seguro que queremos no futuro, temos que pensar muito bem se este não deve ser obrigatório e se não devemos condicionar algumas ajudas a quem o tem", afirmou então José Diogo Albuquerque.

É que “Portugal é dos países da UE que mais risco tem, com sectores como o vinho, as frutas e as hortícolas". E este ano, acrescentou o responsável, é “a prova de que um bom sistema de seguros é essencial".

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