Notícia
EUA podem entrar em incumprimento da dívida a 1 de junho
O atual limite máximo da dívida é de 31,4 biliões de dólares e foi atingido em 19 de janeiro.
02 de Maio de 2023 às 07:49
A secretária do Tesouro dos Estados Unidos advertiu na segunda-feira que o país pode entrar em incumprimento da dívida nacional a 1 de junho e instou o Congresso a aprovar rapidamente uma suspensão do tecto da dívida.
Numa carta dirigida ao presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, Janet Yellen estimou que o Tesouro não poderá cumprir as suas obrigações governamentais "no início de junho, potencialmente a 1 de junho, se o Congresso não aumentar ou suspender o limite da dívida antes disso".
Yellen sublinhou que, tendo em conta estas previsões, é "imperativo" que o Congresso atue o mais rapidamente possível para garantir, a longo prazo, de que o Governo poderá continuar a dispor dos fundos necessários para efetuar os pagamentos.
A representante do Tesouro enviou uma carta idêntica, entre outros, ao líder dos democratas na câmara baixa, Hakeem Jeffries, ao líder do Senado, também democrata, Chuck Schumer, e ao conservador Mitch McConnell, principal figura da oposição republicana naquela câmara.
"Não podemos dar-nos ao luxo de esperar até 1 de Junho para nos unirmos, aprovar uma lei limpa para evitar o incumprimento e evitar consequências catastróficas para a nossa economia e para milhões de famílias americanas", afirmaram Schumer e Jeffries numa declaração conjunta.
Chegou a altura, acrescentaram, de "pôr os interesses partidários para trás das costas e fazer o que está certo e o que é necessário para os americanos".
O atual limite máximo da dívida é de 31,4 biliões de dólares (cerca de 28,5 mil milhões de euros) e foi atingido em 19 de janeiro. Nesse mesmo dia, o Tesouro acionou "medidas extraordinárias" para pagar as contas, mas mesmo assim foi sublinhado que a utilização destes instrumentos financeiros especiais se estendia apenas até 5 de junho.
A Câmara dos Representantes, de maioria republicana, aprovou, a 26 de abril, um projeto de lei para aumentar o teto da dívida em troca de amplos cortes nas despesas públicas, mas esta iniciativa não deverá ter sucesso porque os democratas têm a maioria no Senado e a Casa Branca avisou que o Presidente, Joe Biden, vetará o projeto se este chegar ao seu gabinete.
"Os democratas não têm mais desculpas para continuar a obstruir (...). É altura de se sentarem e negociarem", afirmou o Comité Nacional Republicano num outro comunicado.
Yellen advertiu que situações semelhantes no passado mostraram que "esperar até ao último minuto para suspender ou aumentar o limite da dívida pode causar sérios danos à confiança das empresas e dos consumidores, aumentar os custos dos empréstimos a curto prazo para os contribuintes e afetar negativamente a notação de crédito dos Estados Unidos".
Na sequência da sua mensagem, Biden convocou McCarthy para uma reunião na Casa Branca em 09 de maio.
Os Estados Unidos nunca chegaram a incumprir o pagamento da dívida nacional, mas de vez em quando são confrontados com essa possibilidade porque, ao contrário de outros países, o seu Governo só pode emitir dívida até ao limite estabelecido pelo Congresso.
Numa carta dirigida ao presidente da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, Janet Yellen estimou que o Tesouro não poderá cumprir as suas obrigações governamentais "no início de junho, potencialmente a 1 de junho, se o Congresso não aumentar ou suspender o limite da dívida antes disso".
A representante do Tesouro enviou uma carta idêntica, entre outros, ao líder dos democratas na câmara baixa, Hakeem Jeffries, ao líder do Senado, também democrata, Chuck Schumer, e ao conservador Mitch McConnell, principal figura da oposição republicana naquela câmara.
"Não podemos dar-nos ao luxo de esperar até 1 de Junho para nos unirmos, aprovar uma lei limpa para evitar o incumprimento e evitar consequências catastróficas para a nossa economia e para milhões de famílias americanas", afirmaram Schumer e Jeffries numa declaração conjunta.
Chegou a altura, acrescentaram, de "pôr os interesses partidários para trás das costas e fazer o que está certo e o que é necessário para os americanos".
O atual limite máximo da dívida é de 31,4 biliões de dólares (cerca de 28,5 mil milhões de euros) e foi atingido em 19 de janeiro. Nesse mesmo dia, o Tesouro acionou "medidas extraordinárias" para pagar as contas, mas mesmo assim foi sublinhado que a utilização destes instrumentos financeiros especiais se estendia apenas até 5 de junho.
A Câmara dos Representantes, de maioria republicana, aprovou, a 26 de abril, um projeto de lei para aumentar o teto da dívida em troca de amplos cortes nas despesas públicas, mas esta iniciativa não deverá ter sucesso porque os democratas têm a maioria no Senado e a Casa Branca avisou que o Presidente, Joe Biden, vetará o projeto se este chegar ao seu gabinete.
"Os democratas não têm mais desculpas para continuar a obstruir (...). É altura de se sentarem e negociarem", afirmou o Comité Nacional Republicano num outro comunicado.
Yellen advertiu que situações semelhantes no passado mostraram que "esperar até ao último minuto para suspender ou aumentar o limite da dívida pode causar sérios danos à confiança das empresas e dos consumidores, aumentar os custos dos empréstimos a curto prazo para os contribuintes e afetar negativamente a notação de crédito dos Estados Unidos".
Na sequência da sua mensagem, Biden convocou McCarthy para uma reunião na Casa Branca em 09 de maio.
Os Estados Unidos nunca chegaram a incumprir o pagamento da dívida nacional, mas de vez em quando são confrontados com essa possibilidade porque, ao contrário de outros países, o seu Governo só pode emitir dívida até ao limite estabelecido pelo Congresso.