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Scholz apoia financiamento conjunto da UE para combater pacote verde dos EUA
Sociais-democratas da Alemanha, incluindo Olaf Scholz, querem uma reforma das regras de apoios estatais no bloco e mais financiamento de forma a fazer frente ao pacote de medidas verdes anunciado do outro lado do Atlântico.
O chanceler alemão Olaf Scholz e os seus parceiros sociais-democratas vão pedir à União Europeia para criar novos instrumentos de financiamento para ajudar os Estados-membros a competir com os Estados Unidos, que no ano passado anunciaram o seu maior pacote climático de sempre.
Os sociais-democratas querem uma reforma das regras de apoios estatais no bloco europeu e mais financiamento de forma a fazer frente ao pacote de medidas verdes anunciado do outro lado do Atlântico, segundo um documento rascunho sobre a estratégia industrial europeia a que a Bloomberg teve acesso.
Olaf Scholz apoia as propostas elencadas pelo seu partido e quer os líderes europeus a apoiar a criação de ferramentas de financiamento adicionais, de modo a que os Estados-membros com orçamentos mais curtos não fiquem para trás na corrida de subsídios verdes.
Bruxelas já fez saber que considera que a lei norte-americana discrimina as empresas europeias e ameaça captar as indústrias verdes, uma vez que privilegia os produtos fabricados nos Estados Unidos.
"Precisamos de uma iniciativa de investimento industrial europeu com enfoque nas tecnologias do futuro, na expansão de energias renováveis e a promoção de inovação industrial", refere o partido de Scholz no documento, que foi finalizado na segunda-feira e deverá ser publicado ainda esta semana.
Para este efeito, de acordo com o SPD, a UE deve realocar fundos não utilizados do fundo de recuperação pós-pandemia (o PRR) e reforçar o seu programa de investimento em energia. Além disso, os sociais-democratas querem os Estados-membros a usarem a próxima revisão do orçamento da UE para darem prioridade a projetos de investimento em energia verde.
O pacote de subsídios verdes dos Estados Unidos supera os 300 mil milhões de euros. Na prática, a lei dá créditos e contempla créditos fiscais e subsídios para os consumidores e empresas dos EUA para investirem em veículos elétricos, turbinas eólicas e hidrogénio verde, enquanto o país tenta reduzir as suas emissões de carbono e criar novos empregos.