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Santos Silva prepara saída do Governo com remodelação no horizonte

Em entrevista ao Expresso, o ministro dos Negócios Estrangeiros deixa no ar a possibilidade de abandonar o Governo, numa altura em que se fala cada vez mais numa remodelação no Executivo socialista.

António Cotrim / Lusa
02 de Julho de 2021 às 11:10
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A frase faz a manchete do Expresso desta sexta-feira. "Espero que o PS me permita voltar à minha profissão", afirma o ministro dos Negócios Estrangeiros. Apesar de sublinhar que não se imagina "a deixar de ter interesse pela política", Augusto Santos Silva diz querer voltar a dar aulas na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP). E indica que não poderá demorar muito até isso acontecer. "Os professores universitários só podem dar aulas até aos 70 anos e eu já tenho 64…".


Somando cinco passagens por cinco ministérios de quatro Executivos liderados pelo PS, como sublinha o semanário, surge em primeiro lugar no top 10 dos governantes que, desde o 25 de Abril de 1974, mais tempo estiveram em funções no Governo. E surge agora como um dos mais fortes candidatos a sair do Executivo, no âmbito de uma remodelação sobre a qual se fala cada vez mais. 


Augusto Santos Silva é um dos conselheiros mais próximos da António Costa, de quem é um aliado incondicional. E tem ficado à margem - pelo menos na praça pública - das guerras internas pela sucessão do atual secretário-geral do partido, embora seja conhecido que não alinha na ala mais à esquerda, onde pontua Pedro Nuno Santos. Resta saber se o primeiro-ministro está na disposição de prescindir do homem que chefia a diplomacia portuguesa. 

De novo sob intensa pressão depois do atropelamento de um trabalhador na A6, Eduardo Cabrita era já, no barómetro de junho da Intercampus, o ministro que mais de 30% dos inquiridos considerava como o pior do Executivo. Tiago Brandão (5,4%) e Graça Fonseca (4,9%) ocupavam, respetivamente, o segundo e o terceiro lugar na lista dos mais mal classificados. 


O primeiro-ministro tem afastado rumores de uma crise política e de uma remodelação governamental. Mas numa altura em que o país se prepara para ir novamente a votos - há eleições autárquicas a 26 de setembro - e os dinheiros provenientes de Bruxelas exigem um Executivo com mão forte e boa imagem, o cenário de remodelação acaba por ganhar peso.

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