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S&P atribui probabilidade de 40% a uma "recessão profunda" na Europa
Economista-chefe da agência de notação financeira acredita que o BCE terá um papel mais interventivo se receber um compromisso de disciplina por parte dos países do euro.
![](http://www.jornaldenegocios.pt/images/2011_03/s&pstandard&poorsagenciaratingnot.jpg)
De acordo com Jean-Michel Six, economista-chefe da agência de notação financeira, a probabilidade de ocorrer uma “recessão profunda” é de 40%. Os restantes 60% são atribuídos à probabilidade de ocorrer uma recessão ligeira em 2012, seguida de uma recuperação lenta.
A agência ameaçou esta semana cortar o “rating” de 15 países do euro, do fundo de socorro do Euro e da própria União Europeia, caso da cimeira europeia que tem hoje início não saiam medidas concretas e abrangentes para combater a crise.
Na mesma conferência, Six defendeu que o BCE pode vir a ter um papel mais interventivo na crise da dívida, intensificando a compra de obrigações soberanas no mercado secundário, mas para isso o banco central terá antes que receber um forte compromisso dos países do euro, de que vão controlar os seus défices orçamentais.
O BCE está “perfeitamente consciente da seriedade da situação e dos riscos de recessão no próximo ano, mas não pode ter uma grande intervenção até ver um compromisso real por arte dos governos europeus”, disse Sex, lembrando que o que se passou com a Itália no Verão “foi uma experiência traumática”.
O Governo de Berlusconi assegurou ao BCE que iria implementar mais austeridade, em troco duma intervenção do banco central, mas depois não aprovou medidas nesse sentido.