Notícia
Saída da Grécia da Zona Euro pode custar mais de um bilião
Quem pensa que a saída da Grécia da Zona Euro pode ser "gerível" que "pense outra vez". Este é o conselho do director-geral do Instituto Internacional de Finanças (IIF), que diz que o custo de um evento deste género pode superar um bilião de euros. E as estimativas estão desactualizadas.
“É difícil de ver como é que [as responsabilidades que terão de ser assumidas com uma saída da Grécia] possam não exceder um bilião de euros”, considera o IFF num relatório, datado de 18 de Fevereiro, que nunca foi tornado público.
Hoje, em entrevista à Bloomberg, Charles Dallara vai mais longe e diz que os números conhecidos no início do ano estão “um pouco desactualizados” e “provavelmente subavaliados”. “Aqueles que pensam que a Europa, e mais globalmente a economia mundial, estão preparados para a saída da Grécia devem pensar outra vez”, aconselha.
O responsável salienta que a exposição do BCE a activos gregos é duas vezes maior do que o seu capital próprio. “O BCE ficará insolvente”, sublinhou. “A Europa terá, acima de tudo, uma recapitalização do seu banco central”.
Dallara salientou ainda que Espanha, Itália e os países já intervencionados, Irlanda e Portugal, “continuam vulneráveis a alterações de sentimento de mercado”, numa altura em que a Europa não está a conseguir superar a crise que assolou a região.
A especulação em torno da saída da Grécia da Zona Euro tem-se intensificado desde as eleições legislativas de 6 de Maio que não deram maioria a nenhum partido. Com os partidos a não conseguirem chegar a acordo para formar governo, os gregos terão de voltar às urnas a 17 de Junho.
As sondagens têm apontado para que o Syriza, a coligação de esquerda radical, possa ganhar as eleições, sendo que o seu líder já disse que quer rasgar o acordo assinado com a troika, uma vez que será insustentável para os gregos implementar mais medidas de austeridade.
Hoje, em entrevista à Bloomberg, Charles Dallara vai mais longe e diz que os números conhecidos no início do ano estão “um pouco desactualizados” e “provavelmente subavaliados”. “Aqueles que pensam que a Europa, e mais globalmente a economia mundial, estão preparados para a saída da Grécia devem pensar outra vez”, aconselha.
Dallara salientou ainda que Espanha, Itália e os países já intervencionados, Irlanda e Portugal, “continuam vulneráveis a alterações de sentimento de mercado”, numa altura em que a Europa não está a conseguir superar a crise que assolou a região.
A especulação em torno da saída da Grécia da Zona Euro tem-se intensificado desde as eleições legislativas de 6 de Maio que não deram maioria a nenhum partido. Com os partidos a não conseguirem chegar a acordo para formar governo, os gregos terão de voltar às urnas a 17 de Junho.
As sondagens têm apontado para que o Syriza, a coligação de esquerda radical, possa ganhar as eleições, sendo que o seu líder já disse que quer rasgar o acordo assinado com a troika, uma vez que será insustentável para os gregos implementar mais medidas de austeridade.