Notícia
Rui Rocha diz que país "está a desistir" de Costa e que PR pôs Governo "a prazo"
"A maioria absoluta não serve para nada de útil para o país", defende o novo presidente da Iniciativa Liberal em entrevista.
05 de Fevereiro de 2023 às 12:23
Com um Governo que o Presidente da República "pôs a prazo", o novo líder da IL, Rui Rocha, considera que o primeiro-ministro "já desistiu do país", mas também os portugueses estão a desistir de António Costa, incluindo a função pública.
"O que nós queremos mesmo é que, depois de uma próxima eleição, o país tenha condições para se tornar um país diferente porque o modelo que temos de governação de António Costa, o modelo de sociedade, o modelo de economia está esgotado e vemos até que António Costa já desistiu do país e o país também está a desistir de António Costa", afirma, em entrevista à agência Lusa, Rui Rocha, eleito presidente da IL há duas semanas numa convenção eletiva muito dividida e crispada.
Na análise de Rui Rocha, esta desistência está patente no núcleo essencial do apoio de António Costa quando se vê "professores na rua ou médicos a marcar greves", ou seja, uma "grande contestação" ao chefe de executivo "vinda de dentro das suas bases naturais de apoio, nomeadamente na função pública".
"Acho que os próprios funcionários públicos estão a perceber que este modelo de gestão vai contra os seus próprios interesses", disse, antecipando por isso "ventos de mudança".
Depois de no discurso de encerramento da convenção ter passado uma espécie de "certidão de óbito" a um Governo "completamente esgotado e politicamente morto", o novo presidente da IL reitera que há sinais de "degradação rápida" no executivo socialista, mas recusa fazer futurologia.
"A maioria absoluta não serve para nada de útil para o país, mas pode servir para António Costa se agarrar ao lugar muito para lá do prazo de validade das suas soluções políticas", admite.
Rui Rocha faz questão de referir que o próprio Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, "pôs este Governo de maioria absoluta a prazo, colocando 2023 como um ano em que é preciso apresentar a obra".
"O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa falou de uma maioria que não tem sido de obra e dá esta última oportunidade ao Governo António Costa, no ano de 2023, para se tornar uma maioria absoluta de obra. Creio que o Presidente da República é um bocadinho mais otimista do que eu", afirma, insistindo que este governo e o seu primeiro-ministro "não são reformáveis".
Depois de na moção de estratégia global que levou à convenção, o líder liberal ter sido muito crítico da atuação de Marcelo Rebelo de Sousa no último ano, Rui Rocha aponta que "o Presidente da República ainda não desistiu de António Costa porque o põe a prazo, mas claramente tem uma visão já menos benévola daquilo que é o exercício governativo".
"Tal como o primeiro-ministro disse, o Governo pôs-se a jeito e eu creio que o Presidente da República finalmente percebeu isso", afirma.
Questionado sobre a solução governativa encontrada depois das legislativas de 2015, a chamada "geringonça", o líder da IL defende que esta "foi um expediente utilizado por António Costa na altura para conseguir ir para o poder".
"Vimos claramente, apesar das promessas, que António Costa, quando agora teve maioria absoluta, tinha dito que ia envolver os partidos da geringonça nessas soluções, creio que não o tem feito. Pelo menos o PCP e o Bloco de Esquerda têm-se queixado muito disso", acrescenta.
"O que nós queremos mesmo é que, depois de uma próxima eleição, o país tenha condições para se tornar um país diferente porque o modelo que temos de governação de António Costa, o modelo de sociedade, o modelo de economia está esgotado e vemos até que António Costa já desistiu do país e o país também está a desistir de António Costa", afirma, em entrevista à agência Lusa, Rui Rocha, eleito presidente da IL há duas semanas numa convenção eletiva muito dividida e crispada.
"Acho que os próprios funcionários públicos estão a perceber que este modelo de gestão vai contra os seus próprios interesses", disse, antecipando por isso "ventos de mudança".
Depois de no discurso de encerramento da convenção ter passado uma espécie de "certidão de óbito" a um Governo "completamente esgotado e politicamente morto", o novo presidente da IL reitera que há sinais de "degradação rápida" no executivo socialista, mas recusa fazer futurologia.
"A maioria absoluta não serve para nada de útil para o país, mas pode servir para António Costa se agarrar ao lugar muito para lá do prazo de validade das suas soluções políticas", admite.
Rui Rocha faz questão de referir que o próprio Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, "pôs este Governo de maioria absoluta a prazo, colocando 2023 como um ano em que é preciso apresentar a obra".
"O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa falou de uma maioria que não tem sido de obra e dá esta última oportunidade ao Governo António Costa, no ano de 2023, para se tornar uma maioria absoluta de obra. Creio que o Presidente da República é um bocadinho mais otimista do que eu", afirma, insistindo que este governo e o seu primeiro-ministro "não são reformáveis".
Depois de na moção de estratégia global que levou à convenção, o líder liberal ter sido muito crítico da atuação de Marcelo Rebelo de Sousa no último ano, Rui Rocha aponta que "o Presidente da República ainda não desistiu de António Costa porque o põe a prazo, mas claramente tem uma visão já menos benévola daquilo que é o exercício governativo".
"Tal como o primeiro-ministro disse, o Governo pôs-se a jeito e eu creio que o Presidente da República finalmente percebeu isso", afirma.
Questionado sobre a solução governativa encontrada depois das legislativas de 2015, a chamada "geringonça", o líder da IL defende que esta "foi um expediente utilizado por António Costa na altura para conseguir ir para o poder".
"Vimos claramente, apesar das promessas, que António Costa, quando agora teve maioria absoluta, tinha dito que ia envolver os partidos da geringonça nessas soluções, creio que não o tem feito. Pelo menos o PCP e o Bloco de Esquerda têm-se queixado muito disso", acrescenta.