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Ruas "escapa" a excesso de velocidade em Viseu
O presidente da Associação de Municípios e da Câmara de Viseu, Fernando Ruas foi interceptado pela PSP numa operação stop na cidade e está a ser informado pelos jornalistas de que excedia os limites de velocidade.
"Dizem-me (os jornalistas) que ia a mais de 80 quilómetros por hora" quando o limite na zona é de 50 km/hora, disse hoje à agência Lusa Fernando Ruas, manifestando perplexidade com o número de contactos da comunicação social a este respeito, tanto mais que os agentes não lhe pediram sequer os documentos do carro que conduzia e muito menos lhe referiram qualquer infracção.
O autarca regressava, pelas 0:15 de sábado, de uma freguesia de Viseu onde tinha ido assistir a uma missa que assinalava um ano da morte do presidente da junta local, acompanhado por um vereador, e acabou por ficar até mais tarde a conversar com o actual presidente, jantando naquela zona.
"O governador civil veio cumprimentar-me e explicar o âmbito da operação. Despediu-se de mim e segui, mas parece que a acção policial estava a ser acompanhada por jornalistas que agora me dizem que ia em excesso de velocidade", contou Ruas à Lusa.
O autarca não nega que estivesse em excesso de velocidade porque desconhece qualquer registo que possa ter sido efectuado pelo radar de controlo, admitindo que um condutor "não está sempre a olhar para o conta-quilómetros".
Porém, estranha estar a ser contactado pelos jornalistas.
"Se ia em excesso de velocidade está no radar. Mandam a multa para minha casa e eu pago. Julgo que isto não faz muito sentido", acrescentando que se não fosse a abordagem dos jornalistas, nem sabia.
O autarca desvaloriza o caso, afirmando que passava da meia-noite e se tratava de uma avenida com três faixas de rodagem para cada lado "sem qualquer peão àquela hora".
A Lusa tentou confirmar com as autoridades policiais e Governo Civil a ocorrência desta infracção do presidente da Associação de Municípios, mas tal não foi possível.
A operação stop foi realizada pela PSP na cidade de Viseu, na noite de 9 para 10 de Novembro, envolveu 4 oficiais, 2 chefes e 25 agentes. Foram controlados por radar 873 veículos e feitos 68 testes de despistagem de álcool no sangue.
Entre as 68 infracções verificadas, 63 dizem respeito a excesso de velocidade, 3 a excesso de álcool no sangue, um condutor não tinha a inspecção do veículo actualizada e outro não se fazia acompanhar da prova de seguro obrigatório, revela um comunicado do Governo Civil.