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Riqueza dos multimilionários cai após três anos mas mantém-se perto de recorde  

A volatilidade nos mercados financeiros abalou o nível de riqueza dos multimilionários que se mantém, ainda assim, no segundo nível mais alto desde que há registo.

Russell Boyce/Reuters
08 de Novembro de 2019 às 12:30
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Os multimilionários viram a sua riqueza diminuir em 388 mil milhões de dólares no ano passado, quebrando um ciclo de "cinco anos fortes", diz a PwC e a UBS, no relatório que foi divulgado esta sexta-feira, 8 de novembro.

 

No ano passado, voltou a notar-se uma quebra na riqueza dos multimilionários, algo que já não acontecia há três anos. Ainda assim, os 8,5 biliões de dólares (7,7 biliões de euros) são o segundo valor mais alto desde que há registo, só superado pelo ano de 2017.

 

A perda de riqueza deste grupo coincide com "a pior correção nos mercados de capitais desde a crise financeira de 2008". No estudo, a quebra é justificada precisamente pela "volatilidade dos mercados financeiros" assim como "condições económicas menos vibrantes".

Em 2018, os índices de referência na Europa e nos Estados Unidos - o Stoxx600 e o S&P500 - registaram a maior quebra em dez anos, isto é, desde a referida crise financeira. O agregador das 600 maiores cotadas europeias recuou 13,24% no acumular do ano enquanto o índice generalista americano cedeu 6,24%. Na China, o HSI de Hong Kong viveu o maior recuo desde 2011.

O pessimismo inundou os mercados depois de, em março, os Estados Unidos e a China iniciarem uma guerra comercial que ainda decorre em 2019, embora ambos os países estejam agora mais perto de assinar um acordo parcial. No entretanto, a economia global sofreu com a imposição de tarifas de parte a parte, uma iniciativa introduzida pelos Estados Unidos. A maior economia do mundo acusa a China de roubo de propriedade intelectual e foi este o caminho que escolheu para resolver as divergências. 

 

Os dados em causa são compilados pelos autores do estudo desde 2013 e, desde então, o nível de riqueza dos multimilionários nunca ficou abaixo do registado nesse mesmo ano, apesar de ter existido um recuo em 2015.

 

A região mais afetada pela quebra de riqueza foi a Ásia Pacífico, onde o recuo foi de 8% - que compara com os 4,3% a nível global. A China, que nos últimos cinco anos tinha visto a respetiva riqueza triplicar, notou um "deslize" de 12,3% em 2018, em comparação com o ano anterior. A depreciação da moeda chinesa, o yuan, face ao dólar, contribuiu em quase metade para a queda.

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