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Rio+20: Dilma Rousseff pede aos países em crise envolvimento internacional

Dilma Rousseff, presidente do Brasil, cobrou dos países ricos, pedindo que não tornem os interesses nacionais absolutos. "A disposição política para acordos vinculantes fica muito fragilizada. Não podemos deixar isso acontecer", afirmou.

21 de Junho de 2012 às 09:36
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A Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, apelou, ontem, no seu discurso na Rio+20, que os países em crise não caiam na "forte tentação" de se voltar exclusivamente para os problemas internos, abandonando os compromissos com a cooperação internacional.


"Num momento como este, de incertezas em relação ao futuro da economia internacional, é forte a tentação de tornar absolutos os interesses nacionais. A disposição política para acordos vinculantes fica muito fragilizada. Não podemos deixar isso acontecer", pediu a líder brasileira, anfitriã da Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável.

Dilma Rousseff voltou a defender alternativas ao modelo de austeridade utilizado pela maior parte dos países para sair da crise e a defender a erradicação da pobreza como um dos principais metas para se atingir o desenvolvimento sustentável.

A Presidente brasileira considerou ainda que a principal tarefa imposta pela Rio+20 é a "renovação de ideias e processos".

"Sabemos que o custo da inacção será maior do que o das medidas necessárias, por mais que essas provoquem resistências e se revelem politicamente trabalhosas", considerou.

Dilma Rousseff pediu "urgência" e "coragem" dos representantes dos 193 países presentes na Conferência: "Não podemos esquecer que tempo é o recurso mais escasso de todos. Estamos a ficar sem tempo [...]. Agora é a hora de dar o grande passo final. Temos de dar sequência à Rio+20 com compromissos e acções fortes. Agora é a hora de agir".

A declaração "O Futuro Que Queremos", aprovada na última terça-feira, foi criticada como "pouco ambiciosa" por diversas ONG (Organizações Não Governamentais) e inclusive Estados-membro da ONU, entre os quais países da União Europeia.

A expectativa agora é de que os líderes mundiais ajudem a valorizar o documento, ao assumirem publicamente o compromisso político de levar por diante as questões que ainda ficaram por resolver após o evento.
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