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Ricciardi: BESI aconselhou chineses a pagarem mais pela EDP

José Maria Ricciardi, presidente do BESI, assumiu que o banco, enquanto assessor da China Three Gorges no processo de privatização da EDP, propôs aos chineses que pagassem mais por cada acção da eléctrica.

31 de Outubro de 2012 às 10:11
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O BESI (Banco Espírito Santo Investimento) propôs aos chineses da China Three Gorges que pagassem mais por cada acção da EDP no processo de privatização. Os chineses acabaram por considerar que o valor poderia ser mais baixo e acabou por ser de 3,45 euros por cada acção. Ricciardi não revelou qual tinha sido a proposta do BESI.

A revelação foi feita, terça-feira à noite, 30 de Outubro, por José Maria Ricciardi, presidente do BESI, numa entrevista à TVI24.

Na mesma entrevista José Maria Ricciardi aproveitou para contestar a escolha da Perella como assessora do Estado na privatização da EDP, sem que tenha havido concurso público, assumindo que reclamará sempre que isso aconteça.

Aliás, Ricciardi, não avançando números, garantiu que o Estado pagou significativamente mais à Caixa Banco Investimento e à Perella em comissões.

O BESI foi assessor da China Three Gorges na privatização da EDP, mas contestou o facto de o Estado ter escolhido a Caixa BI e a Perella por ajuste directo. O BESI foi entretanto escolhido, por concurso, para as vendas da TAP e ANA.

Na entrevista Ricciardi aproveitou para afirmar, variadas vezes, não conhecer qualquer pessoa ligada ao processo Monte Branco, no âmbito do qual terá sido alvo de escutas, de acordo com o que tem sido noticiado. Ricciardi, dizendo não saber se está a ser escutado, diz não entender a ligação do seu nome ao caso Monte Branco, até porque "não conheço essa gente". Mas o presidente do BESI acabou por deixar a suspeita, estranhando a coincidência do BES, único banco privado que não pediu dinheiros públicos para a sua recapitalização, ver o seu nome envolvido nestas notícias. "Acho estranho estes permanentes ataques ao BES", afirmou.

Dizendo-se "absolutamente tranquilo", Ricciardi assumiu amizade com Passos Coelho, mas considera que o memorando com a troika tem de ser reformulado e admite que Portugal precisará de mais tempo e dinheiro.



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