Notícia
Responsável da OCDE não vê incumprimento soberano em Portugal e Espanha
William White preside ao comité de avaliação do desenvolvimento económico da OCDE. Em entrevista à Bloomberg, diz que Portugal e Espanha não estão em situação de incumprimento da dívida, mas adverte para o caminho penoso a percorrer para a redução dos défices orçamentais.
Questionado sobre se poderá haver um resgate de Portugal, de Espanha e mais alguns países, o antigo economista-chefe do Banco de Pagamentos Internacionais (BIS, na sigla em inglês) começou por salientar que o termo “resgate” não tem sido utilizado da forma correcta.
“Muitas pessoas diriam que aquilo que está a acontecer na Irlanda, por exemplo, é que os irlandeses aceitaram este pacote de ajuda que os vai deixar com empréstimos de 6% durante os próximos sete a oito anos, o que será um elevado encargo para os contribuintes do país”, disse White à Bloomberg.
E prosseguiu: “se isso é um resgate, não tenho bem a certeza se sei o que é um resgate. Estas coisas trazem também imensos condicionalismos. Houve fortes cortes orçamentais na Irlanda. Penso que os portugueses também terão de percorrer o mesmo caminho”.
Quanto aos espanhóis, White sublinhou que já tomaram medidas decisivas em termos orçamentais e que estas são “muito, muito penosas”. Afirmou ainda que o FMI e a UE estão a providenciar liquidez a quem precisa, de modo a que as coisas continuem a funcionar. “Isso é óptimo, mas eles não estão em situação de incumprimento da dívida”, referiu.
Quando questionado sobre se estará a pedir-se demasiado ao Banco Central Europeu, William White respondeu: “provavelmente estamos. Penso que os actuais problemas na Europa, particularmente nos países periféricos, têm muito a ver com a necessidade de reformas estruturais”.
“Muitas pessoas diriam que aquilo que está a acontecer na Irlanda, por exemplo, é que os irlandeses aceitaram este pacote de ajuda que os vai deixar com empréstimos de 6% durante os próximos sete a oito anos, o que será um elevado encargo para os contribuintes do país”, disse White à Bloomberg.
Quanto aos espanhóis, White sublinhou que já tomaram medidas decisivas em termos orçamentais e que estas são “muito, muito penosas”. Afirmou ainda que o FMI e a UE estão a providenciar liquidez a quem precisa, de modo a que as coisas continuem a funcionar. “Isso é óptimo, mas eles não estão em situação de incumprimento da dívida”, referiu.
Quando questionado sobre se estará a pedir-se demasiado ao Banco Central Europeu, William White respondeu: “provavelmente estamos. Penso que os actuais problemas na Europa, particularmente nos países periféricos, têm muito a ver com a necessidade de reformas estruturais”.