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Relatório do FMI já está desactualizado, diz Passos Coelho

O primeiro-ministro comentou por antecipação o relatório do FMI da primeira avaliação depois da saída da troika, que será conhecido esta sexta-feira depois das 15h. Aponta para "uma realidade que já não existe", garante Passos.

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30 de Janeiro de 2015 às 12:59
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"Sabemos que deve estar para breve a primeira avaliação do FMI" ao País depois do fim do programa de ajustamento, mas essa avaliação foi feita em finais de Outubro de 2014 e por isso "vai apontar para uma realidade que já não existe e que é a dúvida se vamos conseguir atingir um objectivo que já atingimos", afirmou esta sexta-feira o primeiro-ministro na Assembleia da República.

 

Pedro Passos Coelho comentava, assim, por antecipação um relatório que deverá ser tornado público hoje depois das três da tarde. O relatório, diz o primeiro-ministro, foi elaborado quando ainda não eram conhecidos um conjunto de dados, nomeadamente a execução orçamental de 2014 e os últimos números relativos ao desemprego e às exportações.

 

"Como aconteceu com a Comissão Europeia, como aconteceu com o Fundo Monetário Internacional, que divulgaram o seu pessimismo quanto às projecções que o Governo português apresentava para o ano de 2015, deverão agora ter em conta os resultados que já estão alcançados e corrigir as suas perspectivas", frisou Passos.

 

Refira-se que a primeira missão pós-programa decorreu entre 28 de Outubro e 4 de Novembro de 2014, quando os técnicos da troika voltaram a Portugal para a primeira de um conjunto de visitas que se repetirão até que Portugal proceda à devolução de uma parcela substancial dos empréstimos de que beneficiou na sequência do programa de ajustamento.

 

"Temos conseguido aquilo a que nos propusemos", garantiu o primeiro-ministro no debate quinzena. Um debate que Passos quis nortear à volta do tema do crescimento económico, mas que a oposição acabaria por levar para a política europeia, mais concretamente para a situação da Grécia, que se preparar para tentar obter mais uma renegociação da sua dívida externa. 

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