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"Não temos expectativa de atingir" a garantia de 750 milhões de euros

O presidente do Banco Privado Português (BPP), João Rendeiro, confirmou esta noite que o banco pediu o aval do Estado para se financiar perante o Citigroup. O pedido de garantia foi de 750 milhões de euros, mas o responsável considera que não vão recorrer ao montante total da garantia pedida.

19 de Novembro de 2008 às 01:48
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O presidente do Banco Privado Português (BPP), João Rendeiro, confirmou esta noite que o banco pediu o aval do Estado para se financiar perante o Citigroup. O pedido de garantia foi de 750 milhões de euros, mas o responsável considera que não vão recorrer ao montante total da garantia pedida.

“Solicitámos ao Banco de Portugal, à luz da linha de 20 mil milhões facilitada pelo Governo, para um empréstimo que será tomado pelo Citigroup”, afirmou o responsável no programa “Negócios da Semana”, da SIC.

“Não temos a expectativa de atingir esse montante (750 milhões de euros)”, adiantou o responsável.

O recurso a esta garantia “depende da aprovação do Banco de Portugal”, acrescentou.

“Precisamos de mercados financeiros que funcionem. E não estão a funcionar”, sublinhou.

João Rendeiro salientou que o facto do BPP recorrer “não significa que BPP esteja em dificuldades”, pelo menos dificuldades maiores que o resto do mercado. “O sistema está em dificuldades. A armadura do sistema internacional está com um funcionamento deficiente”.

“Na ausência de mercados que funcionem normalmente”, o BPP recorre à garantia do Estado. “Necessitaríamos de ter um empréstimo de três anos, no sentido de criar liquidez necessária”, acrescentou João Rendeiro.

Questionado sobre se haveria outros bancos a recorrerem às garantias do Estado, João Rendeiro disse que sim, e adiantou que “tenho quase a certeza que a CGD vai ser o primeiro banco a usar as garantias do Estado”. E sublinhou que “é importante que seja a CGD que avance primeiro, porque coloca um referencial mais positivo para o resto do sistema”.
Sobre a necessidade de fazer um aumento de capital, João Rendeiro disse que “não será necessário aumento de capita devido aos nossos rácios elevados”, nem através de fundos dos accionistas nem através da linha de quatro mil milhões de euros do Estado para reforços de capital dos bancos.

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