Notícia
"Já há sinais de alívio nas nossas economias" (act)
"A normalidade ainda não está reposta, mas há sinais de alívio que se vão sentindo nas nossas economias, em particular no sector financeiro". A afirmação é de Teixeira dos Santos e foi feita esta manhã na abertura da conferência sobre o futuro do sector financeiro, promovida pela AT Kearney em parceria com o Negócios.
“A normalidade ainda não está reposta, mas há sinais de alívio que se vão sentindo nas nossas economias, em particular no sector financeiro”. A afirmação é de Teixeira dos Santos e foi feita esta manhã na abertura da conferência sobre o futuro do sector financeiro promovida pela AT Kearney em parceria com o Negócios.
Em relação à estratégia em Portugal de combate a crise, o ministro das Finanças disse que tem sido adoptada uma atitude “muito preventiva”, em particular no mercado de trabalho. “É preferível evitar o desemprego do que socorrer desempregados”.
Mas, advertiu, a injecção de fundos públicos para contrariar a recessão está a levar a um forte agravamento dos défices que exige que o esforço de consolidação orçamental tenha de ser “o mais rapidamente retomado”. “O défice ocasional de hoje tem um efeito permanente na dívida – a dívida fica”, sublinhou, para justificar a urgência de repor as finanças públicas numa rota mais sustentável, de modo a não hipotecar as perspectivas de bem-estar das gerações vindouras.
Para isso, disse, é preciso não apenas pôr travões ao crescimento do défice e caminhar para o equilíbrio orçamental, mas também criar condições para um crescimento mais vigoroso da economia – algo que considera estar a ser feito, com os apoios redobrados do Estado a serem direccionados para sectores, como o das energias renováveis, que poderão fazer Portugal dar um salto qualitativo no futuro.
Segundo as mais recentes previsões da Comissão Europeia, o défice orçamental português deverá mais do que duplicar de 2,6% em 2008 para 6,5% do PIB neste ano, e será acompanhado por uma degradação acentuada do rácio da dívida pública, de 66,4% paa 75,4% do PIB. As regras do euro consideram que 3% e 60% são os máximos toleráveis para o défice e dívida públicos, respectivamente, assumindo que acima destes valores os Estados correm o risco de engrenar numa trajectória dificilmente controlável de endividamento crescente.
Quanto à reforma do sistema financeiro, Teixeira dos Santos disse que essa é uma prioridade que não pode ser posta de lado, tendo sublinhado a necessidade de aumentar “o perímetro e a exigência” da regulação e da supervisão.
Neste âmbito, o responsável voltou a defender o fim dos off-shores – “viveríamos todos bem melhor sem eles” – e disse ainda que a Europa pode e deve tomar a liderança neste processo, sem ter que ficar à espera de um acordo global. “Se a Europa fizer alguma coisa [no combate aos off-shores], já faz mossa”.
O ministro terminou a sua intervenção dizendo estar preocupado com a possibilidade de os sinais de desanuviamento que se vão sentindo poderem levar a um adiamento da reforma do sistema financeiro. “Tenho receio que, com estes sinais de algum desanuviamento, se perca o sentido de urgência nesta reformas”, sublinhou Teixeira dos Santos, acrescentando que “convém que à saída desta crise, não esqueçamos por que entrámos nela”.
Em relação à estratégia em Portugal de combate a crise, o ministro das Finanças disse que tem sido adoptada uma atitude “muito preventiva”, em particular no mercado de trabalho. “É preferível evitar o desemprego do que socorrer desempregados”.
Para isso, disse, é preciso não apenas pôr travões ao crescimento do défice e caminhar para o equilíbrio orçamental, mas também criar condições para um crescimento mais vigoroso da economia – algo que considera estar a ser feito, com os apoios redobrados do Estado a serem direccionados para sectores, como o das energias renováveis, que poderão fazer Portugal dar um salto qualitativo no futuro.
Segundo as mais recentes previsões da Comissão Europeia, o défice orçamental português deverá mais do que duplicar de 2,6% em 2008 para 6,5% do PIB neste ano, e será acompanhado por uma degradação acentuada do rácio da dívida pública, de 66,4% paa 75,4% do PIB. As regras do euro consideram que 3% e 60% são os máximos toleráveis para o défice e dívida públicos, respectivamente, assumindo que acima destes valores os Estados correm o risco de engrenar numa trajectória dificilmente controlável de endividamento crescente.
Quanto à reforma do sistema financeiro, Teixeira dos Santos disse que essa é uma prioridade que não pode ser posta de lado, tendo sublinhado a necessidade de aumentar “o perímetro e a exigência” da regulação e da supervisão.
Neste âmbito, o responsável voltou a defender o fim dos off-shores – “viveríamos todos bem melhor sem eles” – e disse ainda que a Europa pode e deve tomar a liderança neste processo, sem ter que ficar à espera de um acordo global. “Se a Europa fizer alguma coisa [no combate aos off-shores], já faz mossa”.
O ministro terminou a sua intervenção dizendo estar preocupado com a possibilidade de os sinais de desanuviamento que se vão sentindo poderem levar a um adiamento da reforma do sistema financeiro. “Tenho receio que, com estes sinais de algum desanuviamento, se perca o sentido de urgência nesta reformas”, sublinhou Teixeira dos Santos, acrescentando que “convém que à saída desta crise, não esqueçamos por que entrámos nela”.