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"Espero que nos apresentem" o caminho de "redução do défice"

Santos Silva concorda com o congelamento dos salários dos funcionários públicos, uma vez que estes têm "um seguro que mais ninguém tem". Quanto ao conteúdo do Orçamento do Estado, o presidente do Conselho de Administração do Banco BPI diz que "o caminho deve ser de redução do défice".

26 de Janeiro de 2010 às 11:36
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Santos Silva concorda com o congelamento dos salários dos funcionários públicos, uma vez que estes têm “um seguro que mais ninguém tem”. Quanto ao conteúdo do Orçamento do Estado, o presidente do Conselho de Administração do Banco BPI diz que “o caminho deve ser de redução do défice”

“O que desejo é que haja uma clara inversão da situação que muito se deteriorou em 2009. O nosso país teve grande sucesso a inverter o défice, mas por força da queda das receitas e aumento da despesa, o défice acabou por se agravar muito”, disse Santos Silva.

“Muitos países assistiram a um descontrolo das finanças públicas. O caminho deve ser de redução do défice e espero que nos apresentem esse caminho”, disse Santos Silva, à margem da assinatura de um protocolo entre a Unicer e a comissão que coordena o centenário da república, que é presidida por Santos Silva.

Quanto à decisão já anunciada pelo Governo de congelar os aumentos reais dos salários da função pública, o presidente do Conselho de Administração do Banco BPI considerou que “esperava um sinal claro de não haver aumentos na função publica”, devido “à situação em que estamos e com uma inflação negativa”.

Lembrou ainda que “os trabalhadores tiveram um ganho real do poder real de compra e têm um seguro que mais ninguém tem – não serão despedidos”.

Quanto à política de investimentos públicos a ser seguida pelo Governo, Santos Silva diz que a “política tem que ser medida pelo seu impacto no défice e na dívida”.

Pires de Lima, no mesmo evento, concordou com as declarações de Santos Silva. “Fico satisfeito por perceber que a maturidade e o bom senso político permaneceu entre o governo e o parlamento e vice-versa”, afirmou o antigo dirigente do CDS.



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