Notícia
Quase mil detidos em tumultos em França
Os tumultos urbanos em todo o país entraram no quarto dia consecutivo.
01 de Julho de 2023 às 11:35
A polícia francesa efetuou na noite de sexta-feira para sábado um número recorde de 994 detenções em toda a França face aos tumultos urbanos que entraram no quarto dia consecutivo, indicou o Ministério do Interior gaulês.
Segundo o ministério, os protestos e os tumultos urbanos desencadeados terça-feira após a morte, abatido a tiro pela polícia, de um jovem de 17 anos que não respeitou uma "operação stop", tiveram menos intensidade do que nos dias e noites anteriores.
Uma força policial de cerca de 45.000 polícias ajudou a conter a violência nesta quarta noite de tumultos, mas o balanço é pesado.
Segundo o Ministério do Interior, "79 polícias e gendarmes ficaram feridos", cerca de 1.350 veículos foram incendiados, 234 edifícios foram queimados ou danificados e cerca de 2.560 incêndios foram registados na via pública.
Marselha, a segunda maior cidade do sul de França, teve uma noite agitada, o que levou o Ministro do Interior francês, Gérard Darmanin, a enviar reforços para a cidade.
A polícia já tinha registado 88 detenções por volta das 02:00 (01:00 em Lisboa) desde o início da noite, com grupos de jovens muitas vezes mascarados e "muito móveis".
Durante uma visita ao noroeste de Paris, Darmanin informou, a meio da noite, que a violência era "menos intensa", com 471 pessoas já detidas em todo o país e focos de tensão, nomeadamente em Marselha e Lyon, grandes cidades do sudeste.
Na manhã de hoje, o número de pessoas detidas rondava o milhar, mais do que nas noites anteriores, quando a polícia deteve cerca de 900 pessoas.
Em Lyon e Grenoble (centro-leste da França), os confrontos estenderam-se pela noite dentro entre bandos de jovens, muitas vezes encapuzados, que andavam a correr ou de trotineta e confrontaram a polícia, que respondeu com granadas de gás lacrimogéneo.
A região parisiense não foi poupada, com três cidades próximas da capital a decidirem impor o recolher obrigatório, tal como outras cidades das províncias.
Em Nanterre, a cidade da região parisiense onde Nahel M. foi morto por um agente da polícia na terça-feira durante um controlo de trânsito, os habitantes preparam-se hoje para o funeral do jovem de 17 anos, cuja morte desencadeou violência e vandalismo em todo o país.
"Sábado, 01 de julho, será um dia de luto para a família de Nahel", escreveram os advogados da família, apelando aos meios de comunicação social para que não participem na cerimónia, "a fim de dar à família enlutada a privacidade e o respeito de que necessita".
Ainda antes do funeral, Darmanin anunciou que hoje sairão para as ruas mais "unidades mais especializadas", como o RAID (unidade de forças especiais) e o GIGN (Grupo de Intervenção da Gendarmeria Nacional), tropas de elite da polícia e da ‘gendarmaria’.
Para as ruas foram também enviados veículos blindados ligeiros da ‘gendarmeria’ para tentar reduzir a tensão em relação à noite anterior, em que 492 edifícios foram alvo de ataques, 2000 veículos foram queimados e dezenas de lojas saqueadas.
Segundo o ministério, os protestos e os tumultos urbanos desencadeados terça-feira após a morte, abatido a tiro pela polícia, de um jovem de 17 anos que não respeitou uma "operação stop", tiveram menos intensidade do que nos dias e noites anteriores.
Segundo o Ministério do Interior, "79 polícias e gendarmes ficaram feridos", cerca de 1.350 veículos foram incendiados, 234 edifícios foram queimados ou danificados e cerca de 2.560 incêndios foram registados na via pública.
Marselha, a segunda maior cidade do sul de França, teve uma noite agitada, o que levou o Ministro do Interior francês, Gérard Darmanin, a enviar reforços para a cidade.
A polícia já tinha registado 88 detenções por volta das 02:00 (01:00 em Lisboa) desde o início da noite, com grupos de jovens muitas vezes mascarados e "muito móveis".
Durante uma visita ao noroeste de Paris, Darmanin informou, a meio da noite, que a violência era "menos intensa", com 471 pessoas já detidas em todo o país e focos de tensão, nomeadamente em Marselha e Lyon, grandes cidades do sudeste.
Na manhã de hoje, o número de pessoas detidas rondava o milhar, mais do que nas noites anteriores, quando a polícia deteve cerca de 900 pessoas.
Em Lyon e Grenoble (centro-leste da França), os confrontos estenderam-se pela noite dentro entre bandos de jovens, muitas vezes encapuzados, que andavam a correr ou de trotineta e confrontaram a polícia, que respondeu com granadas de gás lacrimogéneo.
A região parisiense não foi poupada, com três cidades próximas da capital a decidirem impor o recolher obrigatório, tal como outras cidades das províncias.
Em Nanterre, a cidade da região parisiense onde Nahel M. foi morto por um agente da polícia na terça-feira durante um controlo de trânsito, os habitantes preparam-se hoje para o funeral do jovem de 17 anos, cuja morte desencadeou violência e vandalismo em todo o país.
"Sábado, 01 de julho, será um dia de luto para a família de Nahel", escreveram os advogados da família, apelando aos meios de comunicação social para que não participem na cerimónia, "a fim de dar à família enlutada a privacidade e o respeito de que necessita".
Ainda antes do funeral, Darmanin anunciou que hoje sairão para as ruas mais "unidades mais especializadas", como o RAID (unidade de forças especiais) e o GIGN (Grupo de Intervenção da Gendarmeria Nacional), tropas de elite da polícia e da ‘gendarmaria’.
Para as ruas foram também enviados veículos blindados ligeiros da ‘gendarmeria’ para tentar reduzir a tensão em relação à noite anterior, em que 492 edifícios foram alvo de ataques, 2000 veículos foram queimados e dezenas de lojas saqueadas.