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PSD diz que calamidade pública peca "por tardia"
O PSD considerou esta quinta-feira que o estado de calamidade pública decretado pelo Governo face à previsão do agravamento do risco de incêndio "peca por tardio" e vem tentar resolver o "estado calamitoso" da Administração Interna.
"O PSD concorda com esta declaração de calamidade pública, julga que ela até peca por tardia, mas não nos surpreende porque este Governo chega sempre tarde e a más horas, o que julgamos é que é uma calamidade que vai, no fundo, tentar resolver a calamidade que é esta descoordenação e falta de liderança", afirmou o vice-presidente da bancada parlamentar do PSD, Carlos Abreu Amorim, em declarações aos jornalistas na sede do PSD/Porto.
O social-democrata explicou que o estado de calamidade "vem tarde" porque "o país vive em calamidade pública desde há dois meses" e a essa calamidade pública é somada ao "estado calamitoso" da Protecção Civil e da Segurança Interna em Portugal.
"Nós assistimos, nos últimos dois meses, a um espectáculo absolutamente deprimente em que várias entidades públicas, que são responsáveis pela Protecção Civil e Segurança Interna, a digladiar-se publicamente e a arremessar culpas umas às outras", frisou.
Carlos Abreu Amorim disse ainda que é "necessário" que as Forças Armadas colaborem de "forma plena e inequívoca" no combate aos fogos, assim como é "urgente" elaborar um plano de cooperação entre entidades da Protecção Civil, freguesias, municípios e sociedade civil.