O orçamento previsto pelo actual Governo, para 2003, na realização de acções de promoção de âmbito turístico será de 40 milhões de euros, anunciou no passado sábado o secretário de Estado do Turismo, Pedro Almeida, na sessão de abertura do XXVIII Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo.

Em declarações aos jornalistas, o governante explicitou que 35 milhões de euros serão destinados a acções de promoção do turismo, e outros cinco milhões de euros serão destinados à divulgação específica do Euro 2004, na sua vertente de evento desportivo e turístico.

No primeiro caso, afirmou Pedro Almeida, o orçamento previsto para 2003 representa «mais do dobro do que foi gasto em 2002», sendo as verbas provenientes dos recursos do Instituto de Financiamento e Apoio ao Turismo (organismo público que gere as receitas do jogo), do Programa Operacional de Economia (POE), Programa de Intervenção para a Qualificação do Turismo (PIQTUR) e do Programa de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC), que contribui em cerca de 3%.

Sobre esta matéria, o secretário de Estado acrescentou ainda que o plano estratégico de promoção, já concluído em Julho passado, deverá ser em breve apresentado em Conselho Sectorial de Turismo, que aliás se reúne no próximo dia 17 de Dezembro. O plano define para já Espanha como «mercado estratégico», Reino Unido e Alemanha como prioritários, a Suíça, Áustria, Canadá e Japão como de segunda prioridade e países como Rússia, Hungria e República Checa como «mercados emergentes.

Já as verbas destinadas à divulgação do campeonato europeu de futebol que se realiza em Portugal em 2004, que irá abranger as componentes de promoção do desporto, do país e do turismo, as verbas serão provenientes do orçamento próprio que cabe ao Euro 2004, e cuja campanha deverá lançar-se no início de 2003, pela comissão executiva específica.

Estado cria novo mecanismo de apoio

Para uma plateia de empresários e gestores públicos do sector do turismo, nomeadamente da área de viagens, o secretário de Estado alertou para a «criação de um novo mecanismo» de apoio às empresas «em situação difícil». O instrumento, que tem já «a concordância de princípio da SPGM- Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua» e que será feito em consonância com o IFT e a Banca, permitirá que o Estado conceda garantias às empresas em pedidos de crédito de «montante máximo de cinco milhões de euros».