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Produtividade nas empresas de transportes públicos é 30% da média

A produtividade média das empresas de transportes públicos controladas pelo Estado é cerca de 30% da verificada nas restantes empresas da economia portuguesa, segundo Miguel Frasquilho.

17 de Março de 2005 às 19:48
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A produtividade média das empresas de transportes públicos controladas pelo Estado é cerca de 30% da verificada nas restantes empresas da economia portuguesa.

Esta conclusão foi avançada hoje pelo ex-secretário do Tesouro de Durão Barroso, Miguel Frasquilho que fez rácio entre o número de empregados e o volume de negócios das empresas: Carris, CP, Refer, STCP e Transtejo, segundo dados de 2003.

Este elevado défice de produtividade persiste, não obstante, a redução verificada no número de empregados destas empresas que nos últimos quatro anos perderam quase cinco mil efectivos, cerca de 22%. Miguel Frasquilho, que falava no 6º Congresso Ferroviário, promovido pela ADFER , alertou para a falta de eficiência nas empresas de capitais públicos do sector.

O facto da actividade dos transportes públicos não ser lucrativa, não significa que não possa ser mais eficiente, sublinhou. Apesar do volume de negócios ter tido uma evolução positiva entre 1999 e 2003, com um crescimento médio anual de 2,36%, os custos com pessoal aumentaram numa dimensão superior, cerca de 3,22% ao ano, ultrapassando cada vez mais as receitas conseguidas pelas empresas para cerca de 120% das vendas.

A evolução é igualmente negativa nas tarifas, que evidenciam um claro défice face ao crescimento da inflação.

Na análise do custo operacional, desta vez em comparações com cidades europeias, Lisboa também sai a perder.

O resultado é o agravamento dos prejuízos que em 2003 atingiram 422 milhões de euros. O agravamento dos resultados líquidos negativos, reflecte sobretudo o aumento dos encargos financeiros com a dívida.

O passivo total das empresas têm crescido cerca de 14% ao ano, tendo em 2003 chegado a 10 mil milhões de euros, ou seja, 7,7% do PIB. Um diagnóstico há muito conhecido, mas para o qual ainda não houve solução.

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