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ProDer recebe 2.386 candidaturas para investir 1,2 mil milhões

O Programa de Desenvolvimento Rural (ProDer) recebeu na primeira fase, que terminou sexta-feira, um total de 2.386 candidaturas para apoios ao investimento, avançou Jaime Silva, ministro da Agricultura, ao Jornal de Negócios. "Um sucesso", comentou.

29 de Julho de 2008 às 13:39
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O Programa de Desenvolvimento Rural (ProDer) recebeu na primeira fase, que terminou sexta-feira, um total de 2.386 candidaturas para apoios ao investimento, avançou Jaime Silva, ministro da Agricultura, ao Jornal de Negócios. "Um sucesso", comentou.

No total as candidaturas totalizam investimentos "a rondar os 1,2 mil milhões de euros" dos quais apenas cerca de 30%, em média por projecto, virão dos orçamentos comunitário e português - este último que contribuirá com sensivelmente 90 milhões de euros.

Este é um valor que supera o montante inicialmente previsto para a primeira fase do ProDer, que era de 60 milhões de euros, sendo que o ministro garante que irá reforçar as verbas previstas.

Sobre as candidaturas, Jaime Silva apontou que estes são "números que significam que a agricultura está a despertar muitas atenções e que os agricultores querem investir" salientou, apontando ainda que nas 2.386 candidaturas, existem 402 de jovens agricultores, um sinal positivo para o rejuvenescimento do sector.

Outro sinal positivo notado pelo governante prende-se com as várias candidaturas que "visam a profissionalização do sector", sinal de que "há um mundo agrícola que acredita que pode e deve investir".

O responsável pela Agricultura confessou ainda ao JdN que "esperava cerca de 700 candidaturas" a esta fase do ProDer, especialmente por causa das queixas veiculadas por associações e confederações agrícolas, que criticavam que os agricultores não sabiam como concorrer a este apoio para o desenvolvimento rural.

Agricultura acorda?

"Havia um potencial adormecido na agricultura nacional" defende o ministro, que vê na aposta "em sectores nunca antes vistos como prioritários" a razão principal para a forte corrida ao ProDer registada na primeira fase. "É o caso da vinha e das hortofrutícolas" exemplificou, sectores que surgiram em força. "Bastou dar um sinal claro e os projectos apareceram" disse ainda.

"Até podem dizer que este número [de candidaturas] se deve ao facto de há dois anos não termos apoios" disse Jaime Silva, em jeito de antecipação a eventuais reacções negativas, contestando logo de seguida: "Mas tivemos apoios nesse período, e é também preciso notar que tem havido muito investimento na agricultura sem apoios. Há uma mudança de postura", considera.

O ministro calcula em cerca de "10% a 15%" o total de candidaturas que poderão não ser eleitas para os incentivos, por causa de algum erro de preenchimento dos formulários, continuando a garantir por isso a abertura da "segunda fase do ProDer em Outubro", até porque "as intenções de investimento são enormes".

As candidaturas à primeira fase do ProDer podem incluir projectos já em curso, investimentos para o que resta de 2008 e aplicações já para o próximo ano.

Grandes projectos vão ter bonificações negociadas

Jaime Silva ainda sublinhou que nesta "avalanche" de candidaturas aos apoios do ProDer "nem estão os grandes projectos agrícolas" previstos, ou seja aqueles com montantes a rondar os 100 ou 150 milhões de euros de investimento por exemplo. "Esses vão antes ter acesso a bonificações negociadas" para avançarem com os seus investimentos, revelou.

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