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Prioridade do Estado deve ser colocar contas públicas em ordem

O governador do Banco de Portugal defendeu hoje que não deve haver «hesitações ao excessivo gradualismo» na implementação da política económica em Portugal, fazendo ainda um apelo ao «realismo financeiro» por parte do Estado.

20 de Setembro de 2005 às 10:57
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O governador do Banco de Portugal defendeu hoje que não deve haver «hesitações ao excessivo gradualismo» na implementação da política económica em Portugal, fazendo ainda um apelo ao «realismo financeiro» por parte do Estado.

Vítor Constâncio, numa intervenção realizada no 15º Encontro de Bancos Centrais dos PALOP, disse que a «melhor contribuição que as políticas públicas podem dar nesta fase é de pôr em ordem as contas públicas e diminuir a burocracia, para libertar a força da iniciativa dos agentes económicos que não podem contar com mais ajudas financeiras do Estado».

O Governo deve por isso dar o seu apoio «a tudo o que altere significativamente as vantagens comparativas de médio prazo das empresas portuguesas», de quem depende «a possibilidade da economia retomar um caminho de crescimento económico significativo».

Constâncio disse também que o Banco de Portugal não alterou ainda a previsão de crescimento publicada em Julho, que aponta para um crescimento do PIB português de 0,5% em 2005 e 1,2% em 2006.

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