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Primeiras eleições da Ordem dos Psicólogos acabam no divã
Ordem anunciou a reeleição do actual bastonário, Telmo Baptista, mas os resultados ainda são provisórios e dão uma diferença de apenas 46 votos. A lista concorrente reclama que mais de mil inscritos nem sequer receberam o boletim de voto.
A contabilização dos votos das primeiras eleições para a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP), realizadas na sexta-feira, estão a gerar forte contestação. Tudo porque a organização apressou-se a anunciar no portal oficial na Internet que Telmo Mourinho Baptista foi “reeleito bastonário”, apesar da curta diferença para o concorrente Rui Abrunhosa e numa altura em que os resultados ainda são provisórios.
Segundo os números avançados pela OPP, criada em 2009, a lista A “Afirmar os Psicólogos” obteve 1.939 votos em 3.832 boletins contabilizados para a Direcção Nacional, remetendo para a próxima semana a divulgação dos resultados definitivos. A lista encabeçada por Telmo Baptista venceu as delegações regionais do Centro, Sul, Madeira e Açores, enquanto Rui Abrunhosa obteve a maioria no Norte.
Através de comunicado, a lista B “Psicologia Plural” recordou que decorre ainda o prazo para reclamações, previsto no calendário eleitoral, que deverão ser encaminhadas para a Ordem nas próximas horas porque “um número muito elevado de psicólogos se sente discriminado e revoltado por não ter recebido os boletins de voto e, assim, ter sido impedido de votar”.
Se não for dada oportunidade aos psicólogos nestas condições, cujo número “ultrapassará um milhar de eleitores”, a lista liderada por Rui Abrunhosa, professor da Universidade do Minho, considera que estas eleições ficam “feridas, mortalmente, de ilegalidade”.
O Negócios tentou, para já sem sucesso, contactar Telmo Mourinho Baptista para obter explicações sobre este processo eleitoral na Ordem dos Psicólogos, que conta com mais de 19 mil profissionais inscritos. Todos os anos saem 1.600 alunos de Psicologia das universidades portugueses e perto de quatro mil constavam dos cadernos de desempregados do IEFP no primeiro trimestre deste ano.