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Presidente do Governo da Madeira reconhece "situação complicada"
O presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, considerou esta terça-feira à noite que o cenário de incêndios no Funchal é "complicada", devido às "múltiplas e variadas" frentes de fogo, que chegou à baixa da cidade.
"A força do vento trouxe de facto uma situação complicada", disse Miguel Albuquerque, que se deslocou à zona histórica de São Pedro, onde as chamas estão a consumir vários imóveis.
Segundo o governante madeirense, que falava perto das 22:00, "neste momento existem muitas frentes de intervenção" e está a ser feito "o possível para conter os fogos e, sobretudo, salvaguardar a integridade física das pessoas, que é o principal objectivo".
"Com o conjunto de frentes múltiplas e variadas é muito difícil para os bombeiros estarem em todas as frentes", referiu. Porém, assegurou, todas as forças no terreno "estão e vão continuar a trabalhar até a situação estar controlada".
Albuquerque referiu que o fogo consumiu um prédio devoluto naquela zona histórica da cidade e admitiu que "o problema é passagem para outros prédios, sendo necessário evitar propagação do fogo".
"Temos uma situação complicada no Alto da Pena e na Tabaiba [Funchal], que era uma zona onde o fogo desceu abruptamente para sul, e temos estas frentes variadas no Funchal", apontou.
O fogo lavra desde a tarde de segunda-feira no concelho do Funchal e em outros pontos da ilha da Madeira, como Ponta de Sol, tendo consumido várias habitações e provocado centenas de desalojados.
As chamas deflagraram na tarde de segunda-feira em São Roque, na zona alta do concelho do Funchal, numa zona florestal, mas rapidamente ameaçaram casas. Na baixa do Funchal há uma grande concentração urbana.
Vários espaços, incluindo os hospitais dos Marmeleiros e João de Almada, na zona do Monte, além de lares de idosos, hotéis e habitações, tiveram de ser evacuados.
Devido à mudança do vento e às elevadas temperaturas, o fogo desceu até à baixa da cidade do Funchal ao início da noite, lançando algum caos no trânsito e o pânico junto da população das zonas afectadas.