Dmitri Medvedev, actual vice-primeiro-ministro e presidente, desde 2000, da gigante estatal Gazprom, recebeu o apoio da Rússia Unida, plataforma política de Vladimir Putin, e de outros três partidos pró-Kremlin para se candidatar às eleições presidenciais de Março, sendo a sua vitória muito provável. 

Antigo chefe de gabinete do ainda presidente, que em breve assumirá o cargo de primeiro-ministro, Medvedev é tido como um liberal, e nessa medida a sua escolha pode ser vista como "o menor dos males" pelo Ocidente.

Licenciado em Direito, 42 anos, casado e pai de um filho, a sua escolha não chegou a constituir surpresa, ainda que houvesse outros dois nomes dados como prováveis: Sergey Ivanov, o outro vice-primeiro-ministro, e Viktor Zubkov, que foi recentemente nomeado primeiro-ministro, alimentando as especulações de que seria ele quem "trocaria" de lugar com Putin.

"Apoio sem reservas a sua candidatura", confirmou o ainda presidente russo. "Conheço-o há mais de 17 anos, tenho trabalhado em estreita colaboração com ele durante todo este tempo, e apoio completamente e sem quaisquer reservas a sua candidatura".

Para aos analistas citados pela agência Lusa, Medvedev é "o mais cómodo" dos potenciais candidatos. "Medvedev deixa as mãos livres a Putin: se ele renunciar ao poder, ser-lhe-á  garantido conforto e segurança, mas se decidir regressar através de eleições  antecipadas, sem dúvida que Medvedev lhe cederá o cargo", considerou  o deputado liberal Vladimir Rijko