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Presidente do Tribunal de Contas admite auditoria aos serviços de urgências

José Tavares não afasta a possibilidade de realizar uma auditoria aos serviços de urgência dos hospitais, nomeadamente de obstetrícia. O SNS, diz, tem problemas estruturais, envolve muitos interesses e precisa de organização.

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Numa altura em que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está na ordem do dia, devido aos problemas registados nas urgências - nomeadamente das de obstetrícia -, o presidente do Tribunal de Contas admite que estes possam vir a ser alvos de uma auditoria, embora não haja ainda uma decisão tomada. 


O Tribunal está atualmente a preparar o seu plano de atividades e essa poderá ser uma área a escrutinar, diz o responsável, em entrevista ao Negócios e à Antena 1. "Quando desenvolvemos ações de fiscalização fazemo-lo de acordo com critérios que são muito bem ponderados", até porque "o tribunal não pode organizar e planear as suas ações de acordo com problemas conjunturais que surgem hoje mas para a semana não existem, senão não faz nada", explica. No que toca ao SNS, no entanto, "pode acontecer que o tribunal no seu planeamento - vamos começar também a planear as nossas ações para o próximo ano - delibere em plenário geral  realizar uma auditoria aos serviços de urgências hospitalares. É possível que isso aconteça", afirma.


Ao TdC, recorde-se, cabe o controlo financeiro dos dinheiros públicos, para assegurar que há uma conformidade da gestão dos recursos com a lei. A saúde, refere José Tavares, "é das áreas mais importantes em termos de impacto social e em que estão envolvidos muitos dinheiros públicos e muitos agentes do setor público e do setor privado que importa organizar muito bem". Na sua opinião, "uma das grandes questões, não só no domínio da saúde mas em todos os domínios da vida, seja no setor público seja no setor privado, é a organização". 


É uma questão de "organização em geral", prossegue. "Nós como povo devíamos devíamos talvez investir um pouco mais em termos de organização sem matarmos uma qualidade que temos, que é uma certa capacidade de criação e até de improvisação que também é muito importante".

O TdC tem feito recorrentemente recomendações na área da Saúde, que, para o presidente da instituição, "é sempre um problema estrutural", na medida em que "envolve muitos recursos, incluindo recursos humanos, e em que é extremamente  importante que a organização ocupe um papel muito importante". 


Ainda assim, sublinha, "tem havido evolução". E "se compararmos o nosso sistema de saúde com outros sistemas de saúde mesmo na União Europeia, penso que não estamos mal posicionados", defende. Ainda assim "é um setor extremamente difícil" e "em que há também muitos interesses e portanto, é um setor em que quem governa e quem fiscaliza tem de ter em atenção toda toda esta ponderação de interesses", remata.

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