Notícia
Presidente do PS espera que excedente orçamental "não seja um excesso"
Carlos César diz ser praticamente impossível que PS venha a concordar com o Orçamento do Estado, "que replicará necessariamente o cenário macroeconómico que a AD apresentou durante a campanha eleitoral".
23 de Março de 2024 às 17:03
O presidente do PS, Carlos César, fez este sábado votos de que o excedente orçamental alcançado em 2023, que deverá situar-se entre 1% e 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), "não seja um excesso".
À chegada ao hotel de Viseu onde está a decorrer a reunião da Comissão Nacional do PS, Carlos César foi questionado pelos jornalistas se a possibilidade de o excedente orçamental superar as estimativas de 0,8% prejudicou o PS, ao não ter respondido às exigências das classes profissionais mais descontentes.
"Tenho dificuldade em responder a isso como presidente do PS. Se eu não fosse, diria apenas que espero que o excedente não seja um excesso", afirmou, entrando de imediato para o local da reunião.
Portugal deverá ter alcançado, em 2023, um excedente orçamental em torno de 1% do PIB, o melhor saldo registado em democracia, segundo os economistas consultados pela agência Lusa.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga na segunda-feira o saldo orçamental de 2023, bem como uma série de indicadores, que incluem a poupança das famílias.
Segundo os economistas consultados pela Lusa, o excedente em contas nacionais deverá situar-se entre 1% e 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), superando assim as estimativas de 0,8% inscritas no Orçamento do Estado (OE) para 2024.
Na reunião que se está a realizar em Viseu, será feita "uma avaliação do que correu bem, do que podia ter corrido melhor" e de que forma é que agora o PS se deve colocar no papel que a sociedade eleitoral portuguesa lhe deu, disse Carlos César aos jornalistas.
"Se não tivemos agora boa votação, ou a votação que queríamos, é porque, com certeza, há muitas coisas para aperfeiçoar e é essa procura que nós estamos a fazer", acrescentou.
No que respeita ao próximo OE, Carlos César disse concordar com o que tem dito o secretário-geral do partido, Pedro Nuno Santos: "De ser praticamente impossível que venhamos a concordar com o Orçamento do Estado, que replicará necessariamente o cenário macroeconómico que a AD apresentou durante a campanha eleitoral".
"Um cenário cujas previsões e cujas orientações nós temos uma profunda discordância e não atribuímos grande credibilidade", frisou.
Na sua opinião, "é pouco provável ou pouco possível que a AD apresente um Orçamento do Estado contra o seu próprio cenário macroeconómico".
Pedro Nuno Santos escusou-se a prestar declarações aos jornalistas antes da reunião.
A Comissão Nacional do PS está reunida em Viseu para analisar a situação política, duas semanas depois das eleições legislativas e numa altura em que os socialistas se preparam para ser oposição ao Governo de direita.
A reunião deste órgão máximo entre congressos foi convocada por Carlos César, tendo a análise da situação política como o único ponto da ordem de trabalhos, e vai decorrer dois dias depois de se ter reunido, em Lisboa, a Comissão Política Nacional (CPN) do partido.
À chegada ao hotel de Viseu onde está a decorrer a reunião da Comissão Nacional do PS, Carlos César foi questionado pelos jornalistas se a possibilidade de o excedente orçamental superar as estimativas de 0,8% prejudicou o PS, ao não ter respondido às exigências das classes profissionais mais descontentes.
Portugal deverá ter alcançado, em 2023, um excedente orçamental em torno de 1% do PIB, o melhor saldo registado em democracia, segundo os economistas consultados pela agência Lusa.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga na segunda-feira o saldo orçamental de 2023, bem como uma série de indicadores, que incluem a poupança das famílias.
Segundo os economistas consultados pela Lusa, o excedente em contas nacionais deverá situar-se entre 1% e 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), superando assim as estimativas de 0,8% inscritas no Orçamento do Estado (OE) para 2024.
Na reunião que se está a realizar em Viseu, será feita "uma avaliação do que correu bem, do que podia ter corrido melhor" e de que forma é que agora o PS se deve colocar no papel que a sociedade eleitoral portuguesa lhe deu, disse Carlos César aos jornalistas.
"Se não tivemos agora boa votação, ou a votação que queríamos, é porque, com certeza, há muitas coisas para aperfeiçoar e é essa procura que nós estamos a fazer", acrescentou.
No que respeita ao próximo OE, Carlos César disse concordar com o que tem dito o secretário-geral do partido, Pedro Nuno Santos: "De ser praticamente impossível que venhamos a concordar com o Orçamento do Estado, que replicará necessariamente o cenário macroeconómico que a AD apresentou durante a campanha eleitoral".
"Um cenário cujas previsões e cujas orientações nós temos uma profunda discordância e não atribuímos grande credibilidade", frisou.
Na sua opinião, "é pouco provável ou pouco possível que a AD apresente um Orçamento do Estado contra o seu próprio cenário macroeconómico".
Pedro Nuno Santos escusou-se a prestar declarações aos jornalistas antes da reunião.
A Comissão Nacional do PS está reunida em Viseu para analisar a situação política, duas semanas depois das eleições legislativas e numa altura em que os socialistas se preparam para ser oposição ao Governo de direita.
A reunião deste órgão máximo entre congressos foi convocada por Carlos César, tendo a análise da situação política como o único ponto da ordem de trabalhos, e vai decorrer dois dias depois de se ter reunido, em Lisboa, a Comissão Política Nacional (CPN) do partido.