O índice de preços no consumidor da França, a segunda economia da Zona Euro, cresceram 0,3% em Fevereiro, face ao mês anterior, registando o seu primeiro aumento nos últimos três meses, anunciou hoje o INSEE, o instituto de estatísticas francês.

Relativamente ao período homólogo, os preços no consumidor apresentaram uma progressão de 1,4%. A subida dos preços no segundo mês do corrente ano esteve relacionada com o aumento dos custos da energia e do tabaco, de acordo com a mesma fonte.

A inflação subjacente, que exclui os bens alimentares e os produtos energéticos, permaneceu inalterada face a Janeiro e subiu 1,7% face ao mesmo mês do ano passado.

Os custos da energia cresceram 0,7% em Fevereiro, enquanto os derivados do petróleo foram responsáveis por um aumento mensal de 1,3%. O preço do tabaco avançou 1,1% e os custos da alimentação ganharam 0,4% face a Janeiro.

A subida da inflação nas maiores economias da zona da moeda única poderá levar o Banco Central Europeu (BCE) a manter a sua principal taxa de juro, ou REFI, inalterada nos 4,75% ao longo dos próximos tempos.

A taxa de inlação da Alemanha, a maior economia da Zona Euro, avançou para os 2,5% em Fevereiro, contra 2,2% no mês anterior, acima da meta traçada pelo BCE, que se situa nos 2%.

A generalidade dos analistas aguarda uma descida do preço do dinheiro na Zona Euro até final do segundo trimestre deste ano, para combater os efeitos do abrandamento económico dos Estados Unidos (EUA), um país que é responsável por cerca de 13% das exportações da Zona Euro.

Nos EUA, a Reserva Federal (FED) baixou a sua taxa de referência em 100 pontos base para os 5,5% durante o mês de Janeiro, com os mercados a aguardarem uma nova descida das taxas no dia 20 de Março, por ocasião da próxima reunião da autoridade monetária norte-americana.